POV JASON MCCANN
As circunstâncias imploraram para que eu matasse Carter O'Connor. Sei que minha namorada vai pirar; surtar na verdade. Mas ninguém implorou para que ele desse em cima dela.
Dei o último golpe com o canivete em seu pescoço para ter certeza que ele estava morto e limpei as mãos manchadas de sangue na calça preta. O sangue escorria pelo piso branco e polido do corredor da CA High School enquanto eu observava brilhar, há muito tempo escolhi o vermelho vivido como minha cor favorita.
Ouvi um barulho ensurdecedor e percebi que estava embaixo do sinal. Permaneci tranquilo ao ver os alunos saírem da sala e fitarem a cena com os olhos demonstrando desespero.
- McCann, você fez isso? - o professor de álgebra indagou.
- O que você acha? - perguntei irônico com um sorriso nos lábios.
Vi Beatrice levar as mãos para o peito e logo em seguida para a boca, pensei que seus olhos sairiam das órbitas. A observei curioso e ao mesmo tempo preocupado com a reação que teria, pois Beatrice fora diagnosticada há cinco anos com necrofobia, um medo idiota que cresceu dentro dela após um latrocínio em sua própria casa contra seu irmão.
Ela correu controlando um grito dos mais escandalosos passando no meio de todas aquelas pessoas em direção à escada de incêndio. Ninguém ali parecia ter coragem de se aproximar de mim e isso era gratificante ao mesmo tempo que ofensivo. Analisei o espaço pensando por onde poderia ir atrás da Bea e finalmente comecei a correr esbarrando em muita gente ali. A escola estava vazia em todas as outras áreas, pois os curiosos se concentraram apenas na morte do desgraçado do O'Connor. Ouvi respirações descompassadas e profundas atrás da porta de emergência e a abri bruscamente colando meu corpo contra o de Beatrice ao mesmo tempo em que tampei sua boca com a mão.
- Shhh... - tentei acalmá-la acariciando seu cabelo com a mão livre. - Apenas respire.
Em alguns longos minutos senti sua respiração voltar ao normal.
- Pronto, pronto. - falei como um pai que tenta acalmar seu filho depois de levar uma injeção.
- P-por que você fez isso?
- Você sabe. Ele mexeu com você, não ia deixar barato.
- Ele não fez nada de mais.
- Beijar os lábios que são meus não é nada de mais?
- E-eu não sou sua.
- Você prometeu que era.
- Mas... M-mas m-mat-t...
- Matar. - falei de uma vez e ouvi um gemido, ela tinha pavor até mesmo da palavra.
- Você fez isso com ele, não sabia que era capaz, Jason. - ela disse murmurando e eu toquei em seu queixo, ela logo desviou.
- O que foi?
- Eu tô com medo de você.
- Nós vamos ficar bem. Você sabe do que sou capaz, ainda mais quando se diz respeito à você. Eu te amo.
- Não acredito.
- Eu só quero que você entenda. O que eu realmente estou tentando dizer é que apesar de todas imperfeições que sou, você precisa perdoar porque me ama também. As estações vão mudar, nós vamos crescer e eu vou poder fazer o que gosto longe de tudo.
- Você gosta de matar pessoas e eu não consigo aceitar isso. É errado! Eu não posso conviver com isso.
- Fala baixo! - fiz uma pausa recuperando a paciência. - Eu acredito em nós, quero que acredite também. Não quero te perder, perder o amor, você é a única pessoa que eu consigo amar. Preciso saber que sente o mesmo.
- Eu sinto. Eu também te amo, mas... - ela respirou fundo e senti uma de suas lágrimas entrarem em contato com as costas da minha mão direita. - Por favor, me diz que isso manchando meu rosto não é o sangue do Carter.
- Me desculpe por isso, baby. Agora fique quieta. - pedi.
Pude ouvir sirenes de viaturas e falas altas de policiais, provavelmente estavam revirando todo canto do colégio.
- Me beije. - ela sussurrou.
- Acha que nunca mais vai me ver? Não vão me pegar.
- Por favor. - Beatrice disse agora em tom inaudível.
Me aproximei ainda mais e selei nossos lábios. O beijo dela me deixava em êxtase e em estado de alerta tanto quanto a situação de agora pede; ficava tão excitado quanto ver minha cor favorita ao sentir sua língua entrar em contato com a minha numa sincronia descompassada, mas ela estava apenas com medo. A prensei contra a parede deixando seu corpo imóvel para tomar o controle do movimentos de seus lábios sentindo aquela sensação boa de que uma corrente elétrica estava atravessando minhas veias fazendo-me despertar para o sonho que é ter Beatrice ao meu lado.
Quando tudo se acalmou e não havia mais som algum ou sinal de pessoas na escola levantei-me e acendi a lanterna do celular no rosto de Bea.
- Ai! - ela protegeu os olhos. - O que foi?
- Nós precisamos sair daqui.
- Não me diga. Já se passaram cinco horas que estamos aqui, eu tô com fome e vontade de ir ao banheiro.
- Para de reclamar. Quer me ver preso? Eu só fiz aquilo para te proteger e mesmo assim querem me prender.
- É uma vida, Jason! Ele tinha família, amigos, sonhos e você...
- Fala mais alto o meu nome para que todos escutem! - disse irônico.
- Você tá errado e ainda quer discutir comigo?
- Levanta logo, nós precisamos sair daqui.
- E vamos pra onde? Minha mãe já me ligou contadas trinta e nove vezes, todos sabem que eu sei de você, se eu sair ou voltar pra casa vão me encher de perguntas.
- Vem comigo. - estendi a mão.
- Pra onde?
- Nós vamos fugir.
- Fugir?
Revirei os olhos e respirei fundo tentando encontrar paciência mais uma vez.
- Você não precisa vir se não quiser.
- E-eu...
- Se quiser ficar, já sabe o que vai ter que enfrentar.
- Sem você...
- Sem mim. Vão te fazer perguntas sobre o seu medo, te forçar a falar e...
- Tá. - ela me cortou, já estava apavorada novamente. - Mas se eu ir com você vou estar perto da m-m-morte também. E eu tenho medo de...
- Medo de eu te ensinar a enfrentar o seu medo?
- Sim.
- E eu vou.
- Não. - ela deixou de me olhar e se encolheu.
Recolhi minha mão e abaixei ao lado dela.
- É normal, fácil. Não precisa se preocupar.
- Não é normal matar pessoas, Jason...
- Você gosta de dançar, não é mesmo?
Ela balançou a cabeça que sim.
- E eu gosto de matar, qual é o problema com isso? Somos todos diferentes.
- Tem todo problema.
- Você não me ama, Beatrice?
- É claro que amo, Jason. - ela colocou as mãos em meu rosto e eu fechei os olhos, sentir seu toque era a melhor sensação do mundo.
- Então foge comigo.
Ela balançou a cabeça parecendo pensar.
- Por favor, eu te amo também. - sussurrei tentando convencê-la da forma mais sedutora possível.
- Eu vou. - ela levantou rapidamente e eu fiz o mesmo me colocando em sua frente e desligando a lanterna do celular. Abri a porta com cuidado e a única coisa que iluminava os corredores do colégio eram as luzes que vinham da rua. Estava vazia.
Segurei em sua mão e fui lembrando-me cautelosamente de cada lugar aqui indo em direção da saída, podem ainda haver policiais por aí e qualquer falha seria um prejuízo. Caminhamos até o estacionamento e meu carro estava lá com uma faixa em volta.
Beatrice e eu entramos no veículo rapidamente e eu saí arrancando todas aquelas palhaçadas.
Quando tudo se acalmou e não havia mais som algum ou sinal de pessoas na escola levantei-me e acendi a lanterna do celular no rosto de Bea.
- Ai! - ela protegeu os olhos. - O que foi?
- Nós precisamos sair daqui.
- Não me diga. Já se passaram cinco horas que estamos aqui, eu tô com fome e vontade de ir ao banheiro.
- Para de reclamar. Quer me ver preso? Eu só fiz aquilo para te proteger e mesmo assim querem me prender.
- É uma vida, Jason! Ele tinha família, amigos, sonhos e você...
- Fala mais alto o meu nome para que todos escutem! - disse irônico.
- Você tá errado e ainda quer discutir comigo?
- Levanta logo, nós precisamos sair daqui.
- E vamos pra onde? Minha mãe já me ligou contadas trinta e nove vezes, todos sabem que eu sei de você, se eu sair ou voltar pra casa vão me encher de perguntas.
- Vem comigo. - estendi a mão.
- Pra onde?
- Nós vamos fugir.
- Fugir?
Revirei os olhos e respirei fundo tentando encontrar paciência mais uma vez.
- Você não precisa vir se não quiser.
- E-eu...
- Se quiser ficar, já sabe o que vai ter que enfrentar.
- Sem você...
- Sem mim. Vão te fazer perguntas sobre o seu medo, te forçar a falar e...
- Tá. - ela me cortou, já estava apavorada novamente. - Mas se eu ir com você vou estar perto da m-m-morte também. E eu tenho medo de...
- Medo de eu te ensinar a enfrentar o seu medo?
- Sim.
- E eu vou.
- Não. - ela deixou de me olhar e se encolheu.
Recolhi minha mão e abaixei ao lado dela.
- É normal, fácil. Não precisa se preocupar.
- Não é normal matar pessoas, Jason...
- Você gosta de dançar, não é mesmo?
Ela balançou a cabeça que sim.
- E eu gosto de matar, qual é o problema com isso? Somos todos diferentes.
- Tem todo problema.
- Você não me ama, Beatrice?
- É claro que amo, Jason. - ela colocou as mãos em meu rosto e eu fechei os olhos, sentir seu toque era a melhor sensação do mundo.
- Então foge comigo.
Ela balançou a cabeça parecendo pensar.
- Por favor, eu te amo também. - sussurrei tentando convencê-la da forma mais sedutora possível.
- Eu vou. - ela levantou rapidamente e eu fiz o mesmo me colocando em sua frente e desligando a lanterna do celular. Abri a porta com cuidado e a única coisa que iluminava os corredores do colégio eram as luzes que vinham da rua. Estava vazia.
Segurei em sua mão e fui lembrando-me cautelosamente de cada lugar aqui indo em direção da saída, podem ainda haver policiais por aí e qualquer falha seria um prejuízo. Caminhamos até o estacionamento e meu carro estava lá com uma faixa em volta.
Beatrice e eu entramos no veículo rapidamente e eu saí arrancando todas aquelas palhaçadas.
- Espera. - ela disse.
- Quer desistir? Não dá mais.
- Eu estou com medo.
- Eu vou cuidar de você, de nós. - repousei a mão sobre a perna dela.
Bea encostou a cabeça no banco e fechou os olhos.
- Relaxa, vai dar tudo certo.
Depois de algum tempo dirigindo vi que ela estava dormindo, estava há uma hora na mesma posição e eu estacionei finalmente. Era uma casa perto da praia que meus pais abandonaram, por isso já fazia muito tempo que ninguém pisava aqui, mas o imóvel continuava sendo nosso. E ninguém descobriria, minha família está fora do país e meus pais estão enterrados. Peguei Beatrice no colo e a levei para dentro trancando a porta. Coloquei-a na cama do quarto que era meu tentando não acordá-la, mas a tentativa foi falhada.
- Nós já chegamos? Onde estamos?
- Na costa. - respondi.
- É longe?
- Sim.
- Quanto longe?
- Quase 400 quilômetros.
- Parece que foi rápido. Você veio dirigindo feito um louco, né? - vi uma pequena curva se formar em seus lábios.
- Você me conhece. - retribuí o sorriso.
- Muito bem. - ela abriu os braços.
Balancei a cabeça e fiquei por cima dela, suas mãos logo acariciaram minha nuca fazendo-me arrepiar. Lhe dei um beijo e esperançoso para que ela não negasse sua virgindade mais uma vez passeei com as minhas mãos pela lateral de seu corpo. Ela estava cedendo então aprofundei o beijo fazendo-o ficar mais rápido. Desabotoei o botão e abri o zíper de sua calça jeans tentando obter espaço para colocar a mão dentro de sua calcinha.
- Para. - ela pediu ofegante e com as mãos em meu peito tentando me empurrar.
- Por que está dizendo isso? Estou sentindo que quer. - sorri malicioso ainda movimentando meus dedos contra sua intimidade.
- Nós fugimos, ainda vou ter tempo para me preparar. - ela se afastou e rolou na cama se distanciando de mim.
Beatrice levantou perguntando onde poderia tomar banho dizendo que estava cansada. Apontei para o banheiro e ela entrou saindo de lá rapidamente apenas de lingerie e toalha, falei que ela podia pegar uma roupa minha se precisasse, mas ela preferiu ficar daquele jeito: semi nua. Eu não reclamei, eu jamais reclamaria, mas isso só fazia os desejos insanos dentro de mim crescerem ainda mais.
- "Mate-a!" - ouvi de repente e apertei os olhos com força.
- Eu não vou fazer isso... - falei mais baixo que um sussurro.
- "Agora! Ela está bem na sua frente implorando por isso, depois transe com ela da forma que você sempre quis, não se preocupe, não vai machucá-la."
Jason se encolheu de repente na cama apertando o travesseiro. Assustada, me aproximei e tentei tocar em seu rosto.
- Jason?
- Fica longe de mim! - ele gritou.
- O que? Por que? O que eu fiz? O que aconteceu?
- Cala a boca, cala a boca! Para de me fazer tantas perguntas!
- Eu...
- Vou dormir em outro quarto. - ele se levantou rapidamente caminhando até a porta.
- Não! - encolhi os ombros. - Você sabe que eu tenho medo de ficar sozinha.
- Que se dane. - ele torceu o nariz. - Você não tem mais sete anos.
Jason bateu a porta e eu ouvi o barulho da trinca.
- Você me trancou? - perguntei receosa de tocar na maçaneta e girá-la para confirmar.
Ele não respondeu, mas eu sabia que estava lá por causa da sombra de baixo da porta.
- Jason... - meus olhos marejaram.
- Sim, tranquei.
- Eu não estou te reconhecendo, por favor, me tira daqui...
- Não posso. Para de implorar. - ouvi ele engolir seco.
- Eu estou assustada, eu vou ligar pra minha mãe!
- Me entenda pelo menos uma vez na vida...
- Não consigo entender porquê me prendeu aqui.
- Porque as vozes estão me mandando te matar.
- V-vozes? - perguntei sem entender.
- Eu não sei onde elas estão, mas pra onde eu vou, elas vão atrás e elas estão aqui agora. - ele disse fraco.
- Isso é coisa da sua cabeça. - falei baixo.
- Mas de qualquer forma, elas são reais e eu tô com uma vontade louca de matar você, Beatrice. - ele disse com a voz embargada.
- Eu confio em você, Jason. E eu sei que ama, não vai fazer mal pra mim. Por favor, não me deixa trancada e sozinha aqui... Eu não tenho medo de você, nunca tive.
- Hoje mesmo você disse que estava com medo.
- Foi coisa do momento. Por favor, eu vou surtar aqui dentro. - bati a mão fechada na porta e a mesma se abriu timidamente.
Ao me ver Jason me abraçou como se eu fosse escapar.
- Eu te amo. - sussurrei.
- Eu também.
- Desculpa cortar o clima, mas eu tô com fome. - falei depois de um tempo.
Ele soltou uma risadinha e disse:
- Eu também.
- Nós podemos cozinhar alguma coisa.
- Eu não sei cozinhar.
- Então chegou a hora de aprender. - o puxei pelo braço caminhando em direção da cozinha.
Cozinhamos alguns waffles com morangos e as outras coisas que haviam ali, Jason tinha uma boa vontade pra fazer as coisas corretamente que era uma beleza! Fiquei com vontade de bater nele, mas preferi levar na brincadeira e o mandei sentar enquanto dava conta dos toques finais.
Comemos enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias e quando terminamos, lembrei ao Jason de que deveríamos lavar o que sujamos, mas ele disse que não precisava dizendo que estava com sono e queria dormir logo. Ele estava agoniado e isso me deixava irritada, mas de qualquer forma, não disse nada e fomos para o quarto dele.
Nos deitamos e ele nos cobriu com seu edredom fofinho.
- Como vai ser daqui pra frente? - perguntei baixo.
- Você não precisa se preocupar com isso.
- Mas eu quero saber. Nós somos tão jovens.
- Eu vou dar um jeito.
- Eu quero ajudar.
- Durma, Beatrice.
- Não estou com sono.
- Está sim.
- Por que você está estranho?
- Merda! - ele murmurou.
- Estou te deixando irritado?
- Dorme logo. - McCann disse pausadamente.
Suspirei e encostei o rosto na curvatura de seu pescoço. Jason estava com a pele quente, logo seu perfume me embriagou e eu adormeci.
Tentei abrir os olhos, mas a claridade me impedia. Espremi os mesmos e os abri lentamente.
- Por que você acordou? - ouvi a voz de Jason dizer pausadamente.
- Você pode fechar a cortina? Eu nem consigo enxergar direito.
Ele caminhou até a janela e a fechou. Abri os olhos por completo e ele estava parado na frente da cama feito uma estátua. Seu olhar pesava sobre mim e ele tornou a perguntar:
- Por que você acordou?
- Porque... - tentei me mover, mas quando dei por mim estava com os pulsos amarrados na cama. - J-Jason, por que você me amarrou aqui? Me solta!
- Não, não, não, não. Não surta. - ele dizia feito um doente.
Encolhi as pernas e movi a cabeça para o lado tirando o cabelo da frente que atrapalhava minha visão.
- Me tira daqui! P-por que você está com um canivete na mão?
- As vozes venceram.
- Por favor, por favor, não as escute, escuta o seu coração. Por favor! Jason, não me m-m-ma-mata.
- Sabe, eu sempre achei engraçado esse lance de você ter medo da morte. - ele se aproximou e repousou um dos joelhos sobre o colchão.
Me aproximei da cama e fiquei de joelhos sobre a mesma. Os olhos de Beatrice imploravam por misericórdia, mas as vozes falavam tão alto que eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser esfaqueá-la o mais rápido possível. Queria ver seu sangue jorrar e ouvir seus gritos de desespero.
- Jason, não, por favor! Você me trouxe aqui pra me matar?!
- Sim. - balancei a cabeça me aproximando ainda mais. Minhas pernas já estavam uma de cada lado de sua cintura.
- Eu vou chamar a polícia! - os olhos dela marejaram.
- Não, você não vai, baby. Você está presa.
- Por favor, escute seu coração.
- Eu não acho que eu tenha um. Eu sempre gostei de matar garotas bonitas e você é só mais uma.
- Me solta! - ela gritou chorando tentando se mover.
- Shhh. - encostei a ponta da pequena faca que tinha em minhas mãos em seus lábios.
Ela engoliu o choro e olhou em meus olhos como se procurasse um pingo de piedade dentro deles.
- Sinto muito, mas não vai encontrar em mim uma pitada de algo que seja bom.
- Jason, eu te amo, eu te amo muito, por favor, me ame de volta, não faça isso...
- Você é só uma garotinha, você sempre teve medo de arriscar, de viver. Eu vou te fazer um favor.
- Mas eu não quero morrer. - ela levantou um pouco a cabeça quando eu recolhi o canivete para trás. - Por favor, vamos viver aqui, nós dois, só eu e você, ninguém vai nos atrapalhar, por favor, por favor!
- Eu não tive piedade nem da mulher que me pôs no mundo. - dei uma risadinha. - Acha que eu vou ter de você?
- Foi você quem matou a sua mãe?! - ela gritou desesperada.
- Sim. - falei prolongadamente. - Eu a matei e depois matei meu pai fazendo todo mundo acreditar que foi ele quem a matou e depois cometeu suicídio. Foi louco.
Percebi que um sorriso havia se formado em meus lábios e Beatrice o fitava estagnada de pavor.
- Você é um monstro!
- Não, eu não sou. Eles estão aqui. - toquei minha própria cabeça com a mão livre.
- Tire-os daí, Justin!
- Eu não posso, eles só vão sair quando eu acabar com você. E depois vão voltar me mandando matar outra pessoa, isso nunca termina. É um ciclo vicioso, meu vício é matar.
- VOCÊ NÃO VAI ME MATAR! SOCORRO! ME TIRA DAQUI! ALGUÉM ME TIRA DAQUI!
Os gritos dela me irritavam ao mesmo tempo em que me incentivavam.
- Me solta, por favor... - ela implorou fraca.
- Eu sinto muito por isso, amor. - encostei a ponta do canivete em seu peito.
- Não, não, não! - ela espremeu os olhos e berrou de dor quando deslizei o objeto por sua pele.
- Shh... Já vou terminar. Eu só quero te torturar antes, é o meu combustível.
- Você está me machucando, por favor, por favor... - ela olhou para o próprio peito. Seu sangue escorria pelas laterais de seu corpo.
Ela estava inquieta, então resolvi dar o primeiro golpe. Ergui a mão e ela levantou um joelho achando que conseguiria acertar um chute em mim.
- Fica parada! - gritei irritado cravando o canivete em sua barriga.
Beatrice gritou de dor e começou na tremer os lábios em desespero.
- Isso dói.. - ela piscou expulsando algumas lágrimas. - Por favor, não prolongue isso...
A essa altura eu já queria que ela calasse a boca então lhe acertei mais três golpes na barriga. Bea começou a cuspir sangue e a se engasgar com o mesmo.
- Eu disse pra parar de tentar se soltar. - falei fitando seus braços, ela estava quase conseguindo.
- NÃO! - ela berrou quando estava quase terminando de dilacerá-los. O líquido vermelho jorrou por toda parte.
Levantei da cama com a camiseta branca manchada de sangue e sentindo respingos do mesmo em meu rosto. Os lençóis de cores claras estavam completamente pintados de vermelho e Beatrice havia parado de se mover, tentava apenas manter os olhos abertos. Contemplei sua dor por uma longa hora em silêncio, ela não conseguia mais falar. Seus olhos imploravam para que eu a salvasse ou fizesse a dor parar logo.
Umedeci os lábios com a língua e me aproximei dela novamente. Lhe dei uma facada no peito fazendo seu corpo arquear um pouco e para a minha surpresa ela disse algo, eu não achei que ela conseguiria falar tão machucada desse jeito.
- Eu te odeio, Jason McCann.
- Você não me odeia! Você me ama! Você disse!
- Eu amava, nunca achei q-que seria... - ela tentou encontrar ar. - seria capaz de fazer isso. Eu vou dar um jeito de te fazer parar.
- Você não vai! - agarrei seu pescoço.
- Eu te odeio, Jason McCann. - Beatrice repetiu. - Eu espero que a minha voz nunca saia da sua cabeça.
Mandei-a calar a boca mentalmente e deslizei o canivete horizontalmente sobre seu pescoço rasgando sua garganta. Finalmente Beatrice se calou: eu a matei.
- "Você é um idiota." - ouvi a voz estridente dizer em tom de deboche e de repente o arrependimento me invadiu.
- Bea? Baby, acorde. - depositei um tapa fraco em seu rosto.
Eu sentia algo estranho, minha visão ficou turva e eu percebi que estava chorando pela primeira vez na vida.
- "Eu te odeio, Jason McCann". - ouvi claramente e me virei para Beatrice novamente, porém ela continuava na mesma posição: imóvel, morta.
Me afastei lentamente, larguei a pequena faca sobre o colchão com as mãos trêmulas e sentei no chão ao lado da cama com enquanto puxava meus cabelos.
- O que eu fiz? O que eu fiz? - perguntava à mim mesmo enquanto o sangue de Bea caía por sobre meus ombros.
- "Eu te odeio, Jason McCann". - ouvi a voz dela mais uma vez, mas desta, estava distante dando-me a certeza de que eu havia, por impulso, matado a única pessoa que consegui amar em toda minha vida: Beatrice Thompson.
- Quer desistir? Não dá mais.
- Eu estou com medo.
- Eu vou cuidar de você, de nós. - repousei a mão sobre a perna dela.
Bea encostou a cabeça no banco e fechou os olhos.
- Relaxa, vai dar tudo certo.
Depois de algum tempo dirigindo vi que ela estava dormindo, estava há uma hora na mesma posição e eu estacionei finalmente. Era uma casa perto da praia que meus pais abandonaram, por isso já fazia muito tempo que ninguém pisava aqui, mas o imóvel continuava sendo nosso. E ninguém descobriria, minha família está fora do país e meus pais estão enterrados. Peguei Beatrice no colo e a levei para dentro trancando a porta. Coloquei-a na cama do quarto que era meu tentando não acordá-la, mas a tentativa foi falhada.
- Nós já chegamos? Onde estamos?
- Na costa. - respondi.
- É longe?
- Sim.
- Quanto longe?
- Quase 400 quilômetros.
- Parece que foi rápido. Você veio dirigindo feito um louco, né? - vi uma pequena curva se formar em seus lábios.
- Você me conhece. - retribuí o sorriso.
- Muito bem. - ela abriu os braços.
Balancei a cabeça e fiquei por cima dela, suas mãos logo acariciaram minha nuca fazendo-me arrepiar. Lhe dei um beijo e esperançoso para que ela não negasse sua virgindade mais uma vez passeei com as minhas mãos pela lateral de seu corpo. Ela estava cedendo então aprofundei o beijo fazendo-o ficar mais rápido. Desabotoei o botão e abri o zíper de sua calça jeans tentando obter espaço para colocar a mão dentro de sua calcinha.
- Para. - ela pediu ofegante e com as mãos em meu peito tentando me empurrar.
- Por que está dizendo isso? Estou sentindo que quer. - sorri malicioso ainda movimentando meus dedos contra sua intimidade.
- Nós fugimos, ainda vou ter tempo para me preparar. - ela se afastou e rolou na cama se distanciando de mim.
Beatrice levantou perguntando onde poderia tomar banho dizendo que estava cansada. Apontei para o banheiro e ela entrou saindo de lá rapidamente apenas de lingerie e toalha, falei que ela podia pegar uma roupa minha se precisasse, mas ela preferiu ficar daquele jeito: semi nua. Eu não reclamei, eu jamais reclamaria, mas isso só fazia os desejos insanos dentro de mim crescerem ainda mais.
- "Mate-a!" - ouvi de repente e apertei os olhos com força.
- Eu não vou fazer isso... - falei mais baixo que um sussurro.
- "Agora! Ela está bem na sua frente implorando por isso, depois transe com ela da forma que você sempre quis, não se preocupe, não vai machucá-la."
POV BEATRICE THOMPSON
Jason se encolheu de repente na cama apertando o travesseiro. Assustada, me aproximei e tentei tocar em seu rosto.
- Jason?
- Fica longe de mim! - ele gritou.
- O que? Por que? O que eu fiz? O que aconteceu?
- Cala a boca, cala a boca! Para de me fazer tantas perguntas!
- Eu...
- Vou dormir em outro quarto. - ele se levantou rapidamente caminhando até a porta.
- Não! - encolhi os ombros. - Você sabe que eu tenho medo de ficar sozinha.
- Que se dane. - ele torceu o nariz. - Você não tem mais sete anos.
Jason bateu a porta e eu ouvi o barulho da trinca.
- Você me trancou? - perguntei receosa de tocar na maçaneta e girá-la para confirmar.
Ele não respondeu, mas eu sabia que estava lá por causa da sombra de baixo da porta.
- Jason... - meus olhos marejaram.
- Sim, tranquei.
- Eu não estou te reconhecendo, por favor, me tira daqui...
- Não posso. Para de implorar. - ouvi ele engolir seco.
- Eu estou assustada, eu vou ligar pra minha mãe!
- Me entenda pelo menos uma vez na vida...
- Não consigo entender porquê me prendeu aqui.
- Porque as vozes estão me mandando te matar.
- V-vozes? - perguntei sem entender.
- Eu não sei onde elas estão, mas pra onde eu vou, elas vão atrás e elas estão aqui agora. - ele disse fraco.
- Isso é coisa da sua cabeça. - falei baixo.
- Mas de qualquer forma, elas são reais e eu tô com uma vontade louca de matar você, Beatrice. - ele disse com a voz embargada.
- Eu confio em você, Jason. E eu sei que ama, não vai fazer mal pra mim. Por favor, não me deixa trancada e sozinha aqui... Eu não tenho medo de você, nunca tive.
- Hoje mesmo você disse que estava com medo.
- Foi coisa do momento. Por favor, eu vou surtar aqui dentro. - bati a mão fechada na porta e a mesma se abriu timidamente.
Ao me ver Jason me abraçou como se eu fosse escapar.
- Eu te amo. - sussurrei.
- Eu também.
- Desculpa cortar o clima, mas eu tô com fome. - falei depois de um tempo.
Ele soltou uma risadinha e disse:
- Eu também.
- Nós podemos cozinhar alguma coisa.
- Eu não sei cozinhar.
- Então chegou a hora de aprender. - o puxei pelo braço caminhando em direção da cozinha.
Cozinhamos alguns waffles com morangos e as outras coisas que haviam ali, Jason tinha uma boa vontade pra fazer as coisas corretamente que era uma beleza! Fiquei com vontade de bater nele, mas preferi levar na brincadeira e o mandei sentar enquanto dava conta dos toques finais.
Comemos enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias e quando terminamos, lembrei ao Jason de que deveríamos lavar o que sujamos, mas ele disse que não precisava dizendo que estava com sono e queria dormir logo. Ele estava agoniado e isso me deixava irritada, mas de qualquer forma, não disse nada e fomos para o quarto dele.
Nos deitamos e ele nos cobriu com seu edredom fofinho.
- Como vai ser daqui pra frente? - perguntei baixo.
- Você não precisa se preocupar com isso.
- Mas eu quero saber. Nós somos tão jovens.
- Eu vou dar um jeito.
- Eu quero ajudar.
- Durma, Beatrice.
- Não estou com sono.
- Está sim.
- Por que você está estranho?
- Merda! - ele murmurou.
- Estou te deixando irritado?
- Dorme logo. - McCann disse pausadamente.
Suspirei e encostei o rosto na curvatura de seu pescoço. Jason estava com a pele quente, logo seu perfume me embriagou e eu adormeci.
[...]
Tentei abrir os olhos, mas a claridade me impedia. Espremi os mesmos e os abri lentamente.
- Por que você acordou? - ouvi a voz de Jason dizer pausadamente.
- Você pode fechar a cortina? Eu nem consigo enxergar direito.
Ele caminhou até a janela e a fechou. Abri os olhos por completo e ele estava parado na frente da cama feito uma estátua. Seu olhar pesava sobre mim e ele tornou a perguntar:
- Por que você acordou?
- Porque... - tentei me mover, mas quando dei por mim estava com os pulsos amarrados na cama. - J-Jason, por que você me amarrou aqui? Me solta!
- Não, não, não, não. Não surta. - ele dizia feito um doente.
Encolhi as pernas e movi a cabeça para o lado tirando o cabelo da frente que atrapalhava minha visão.
- Me tira daqui! P-por que você está com um canivete na mão?
- As vozes venceram.
- Por favor, por favor, não as escute, escuta o seu coração. Por favor! Jason, não me m-m-ma-mata.
- Sabe, eu sempre achei engraçado esse lance de você ter medo da morte. - ele se aproximou e repousou um dos joelhos sobre o colchão.
POV JASON MACCANN
Me aproximei da cama e fiquei de joelhos sobre a mesma. Os olhos de Beatrice imploravam por misericórdia, mas as vozes falavam tão alto que eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser esfaqueá-la o mais rápido possível. Queria ver seu sangue jorrar e ouvir seus gritos de desespero.
- Jason, não, por favor! Você me trouxe aqui pra me matar?!
- Sim. - balancei a cabeça me aproximando ainda mais. Minhas pernas já estavam uma de cada lado de sua cintura.
- Eu vou chamar a polícia! - os olhos dela marejaram.
- Não, você não vai, baby. Você está presa.
- Por favor, escute seu coração.
- Eu não acho que eu tenha um. Eu sempre gostei de matar garotas bonitas e você é só mais uma.
- Me solta! - ela gritou chorando tentando se mover.
- Shhh. - encostei a ponta da pequena faca que tinha em minhas mãos em seus lábios.
Ela engoliu o choro e olhou em meus olhos como se procurasse um pingo de piedade dentro deles.
- Sinto muito, mas não vai encontrar em mim uma pitada de algo que seja bom.
- Jason, eu te amo, eu te amo muito, por favor, me ame de volta, não faça isso...
- Você é só uma garotinha, você sempre teve medo de arriscar, de viver. Eu vou te fazer um favor.
- Mas eu não quero morrer. - ela levantou um pouco a cabeça quando eu recolhi o canivete para trás. - Por favor, vamos viver aqui, nós dois, só eu e você, ninguém vai nos atrapalhar, por favor, por favor!
- Eu não tive piedade nem da mulher que me pôs no mundo. - dei uma risadinha. - Acha que eu vou ter de você?
- Foi você quem matou a sua mãe?! - ela gritou desesperada.
- Sim. - falei prolongadamente. - Eu a matei e depois matei meu pai fazendo todo mundo acreditar que foi ele quem a matou e depois cometeu suicídio. Foi louco.
Percebi que um sorriso havia se formado em meus lábios e Beatrice o fitava estagnada de pavor.
- Você é um monstro!
- Não, eu não sou. Eles estão aqui. - toquei minha própria cabeça com a mão livre.
- Tire-os daí, Justin!
- Eu não posso, eles só vão sair quando eu acabar com você. E depois vão voltar me mandando matar outra pessoa, isso nunca termina. É um ciclo vicioso, meu vício é matar.
- VOCÊ NÃO VAI ME MATAR! SOCORRO! ME TIRA DAQUI! ALGUÉM ME TIRA DAQUI!
Os gritos dela me irritavam ao mesmo tempo em que me incentivavam.
- Me solta, por favor... - ela implorou fraca.
- Eu sinto muito por isso, amor. - encostei a ponta do canivete em seu peito.
- Não, não, não! - ela espremeu os olhos e berrou de dor quando deslizei o objeto por sua pele.
- Shh... Já vou terminar. Eu só quero te torturar antes, é o meu combustível.
- Você está me machucando, por favor, por favor... - ela olhou para o próprio peito. Seu sangue escorria pelas laterais de seu corpo.
Ela estava inquieta, então resolvi dar o primeiro golpe. Ergui a mão e ela levantou um joelho achando que conseguiria acertar um chute em mim.
- Fica parada! - gritei irritado cravando o canivete em sua barriga.
Beatrice gritou de dor e começou na tremer os lábios em desespero.
- Isso dói.. - ela piscou expulsando algumas lágrimas. - Por favor, não prolongue isso...
A essa altura eu já queria que ela calasse a boca então lhe acertei mais três golpes na barriga. Bea começou a cuspir sangue e a se engasgar com o mesmo.
- Eu disse pra parar de tentar se soltar. - falei fitando seus braços, ela estava quase conseguindo.
- NÃO! - ela berrou quando estava quase terminando de dilacerá-los. O líquido vermelho jorrou por toda parte.
Levantei da cama com a camiseta branca manchada de sangue e sentindo respingos do mesmo em meu rosto. Os lençóis de cores claras estavam completamente pintados de vermelho e Beatrice havia parado de se mover, tentava apenas manter os olhos abertos. Contemplei sua dor por uma longa hora em silêncio, ela não conseguia mais falar. Seus olhos imploravam para que eu a salvasse ou fizesse a dor parar logo.
Umedeci os lábios com a língua e me aproximei dela novamente. Lhe dei uma facada no peito fazendo seu corpo arquear um pouco e para a minha surpresa ela disse algo, eu não achei que ela conseguiria falar tão machucada desse jeito.
- Eu te odeio, Jason McCann.
- Você não me odeia! Você me ama! Você disse!
- Eu amava, nunca achei q-que seria... - ela tentou encontrar ar. - seria capaz de fazer isso. Eu vou dar um jeito de te fazer parar.
- Você não vai! - agarrei seu pescoço.
- Eu te odeio, Jason McCann. - Beatrice repetiu. - Eu espero que a minha voz nunca saia da sua cabeça.
Mandei-a calar a boca mentalmente e deslizei o canivete horizontalmente sobre seu pescoço rasgando sua garganta. Finalmente Beatrice se calou: eu a matei.
- "Você é um idiota." - ouvi a voz estridente dizer em tom de deboche e de repente o arrependimento me invadiu.
- Bea? Baby, acorde. - depositei um tapa fraco em seu rosto.
Eu sentia algo estranho, minha visão ficou turva e eu percebi que estava chorando pela primeira vez na vida.
- "Eu te odeio, Jason McCann". - ouvi claramente e me virei para Beatrice novamente, porém ela continuava na mesma posição: imóvel, morta.
Me afastei lentamente, larguei a pequena faca sobre o colchão com as mãos trêmulas e sentei no chão ao lado da cama com enquanto puxava meus cabelos.
- O que eu fiz? O que eu fiz? - perguntava à mim mesmo enquanto o sangue de Bea caía por sobre meus ombros.
- "Eu te odeio, Jason McCann". - ouvi a voz dela mais uma vez, mas desta, estava distante dando-me a certeza de que eu havia, por impulso, matado a única pessoa que consegui amar em toda minha vida: Beatrice Thompson.
#May
Oi, oi, oi. O que acharam dessa one? Mais ou menos, boa? Querem mais? Qualquer coisa é só pedir aí nos comentários!