26 de mar. de 2016

Leiam, por favor, é realmente importante


Oi gente, tudo bem?
Carla Honatel aqui.
Não, não morri, como podem ver (?)
Então, vim avisar que vou fazer mudanças no blog.
Tipo, estou com um novo blog.  Não, não vou excluir esse.
No novo blog, apenas.. vou começar do zero. Sim, vou continuar escrevendo fics e imagines.
Ah e lá não vai ter mais partes hot's, okay?

FAÇAM SEUS PEDIDOS
Novo blog (Clique)

Também vou escrever novas fanfics, só que para isso, preciso parar com duas.
Então me falem, qual que vocês querem que eu acabe? (Sim, vou continuar a fic aqui)

  • Young Money
  • All I Ever Need
  • Demonic Possession


E eu estava pensando em escrever uma com o Tony Stark, sabem, o Homem de Ferro. O que vocês acham?
Ou vocês podem dizer com quem querem ler, me deem sugestões. 
Ah, essa nova fic vai ser postada no novo blog.
Não me deixem no vácuo, pelo amor de Deus.

23 de mar. de 2016

Never Meant To Fall In Love - Capitulo 11.

Tenham uma ótima leitura. =)



Seu Nome P.O.V

Parecia um sonho, tudo que vivemos. De repente tudo já não é mais como antes, os dias passam rapidamente e  a cada minuto que passa, a saudade aumenta.
Eu vou superar tudo isso...

Fui contratada pela empresa do meu pai, para organizar um coquetel de empresas, grandes e reconhecidas. 
Nem acredito nisso, meu pai foi quem me indicou, isso que o velho nem gosta que eu faça isto.
 Olhei no relógio, passava das duas da tarde, estava uma correria só, naquele salão. Me sentia um tanto enjoada, há dias que não me sinto bem, Jazmyn diz que isso acontece, quando somos magoadas por alguém. E desde quando, ela sabe dessas coisas do coração? Ela diz que é minha psicóloga, agora. Eu mereço!

[...]

Enfim estava tudo pronto, nada fora do lugar... O coquetel poderia começar. 
Fui para minha casa, tomei um banho, vesti meu uniforme, fiz uma maquiagem maravilhosa, que aprendi com Linda, minha vizinha, deixei meus cabelos soltos e pronto. Precisava voltar lá, para recepcionar os convidados e assim eu fiz, voltei para o salão, onde ainda tinha que resolver alguns pepinos de ultima hora.

Exatamente nove da noite, os convidados começaram a chegar, todos engravatados, muito educados, acompanhados de suas esposas lindas e cheias de jóias. 
No salão, os garçons passavam servindo, todos que estavam ali presente, o DJ contratado, deixava rolar uma musica chata para caramba, de fundo. 
Depois que todos estavam bem servidos, uma pequena cerimonia de premiações começou, a melhor empresa levava um pequeno troféu e outros presentes de reconhecimento. Acredito que ali havia apenas gente do dinheiro, pois eram seguranças para todos os lados. Enquanto a cerimonia ocorria, eu ficava circulando pelo salão, a disposição dos convidados.

- Johnson? - Ouvi chamarem no radio, que se encontrava como fone em meu ouvido.

- Sim?

- A Família Bieber, acaba de chegar. - senti um frio. - Os recepcione, por favor. - o segurança falou.

Fiz silêncio, não sabia que teria essa surpresa.

- Johnson, esta na escuta? - o segurança perguntou.

- Claro, desculpe. Vou servi-los.

- Entendido. - ele disse.

Caminhei até a porta de entrada do salão e logo avistei Jeremy de mãos dadas, com uma mulher, linda por sinal, mas eu não a reconhecia. 

- Boa noite, senhores. - os cumprimentei.

Jeremy sorriu.

- Boa noite. - ele disse.

- Por favor, entrem e fiquem a vontade. - fui simpática.

- Obrigado. - ele disse e adentrou.

Logo atrás, Jazmyn de braços dados com Jaxon, lindos. 

- Boa noite, fiquem a vontade. - disse e Jazmyn me olhou.

Jaxon sorriu para mim.

- E ai Johnson, quero falar com você depois. - Jazzy disse e pisquei pra ela.

Meu coração foi até o estomago, quando vi Justin e Cheyenne, ele estava tão lindo com aquela roupa. Logo seu olhar se encontrou com o meu, respirei fundo, me sentia trêmula.

- Boa noite, Senhores. - disse e só agora vi que ambos, estavam de mãos dadas.

Justin não respondeu, me olhava como se estivesse surpreso.

- Boa noite. - Cheyenne respondeu, mas nem me olhou.

 Acho que ela nem me reconheceu. Graças a Deus!

- Fiquem a vontade... Por favor. - disse e desviei meu olhar de Justin.

Cheyenne o puxou rapidamente e eles adentraram. 
Sentia que meu coração, iria pular pra fora do meu peito.

Sai do meu posto e fui servi-los, ajudando alguns garçons, Justin ficou me encarando descaradamente, estava ficando um pouco incomodada.
Terminei de servi-los, dei mais algumas voltas pelo salão, atendendo outros convidados e quando tive um tempo, aproveitei e sai na rua um pouco, precisava de ar fresco. 
Me escorei no pilar e encarei a noite, confesso que desejava não ter aceitado organizar isso, se soubesse que o veria aqui.

- Então, Johnson? - ouvi a voz de Jazzy. - Está tristinha? - sorri e me virei para olha-la.

- Não, só estou um pouco cansada. - respondi voltando a olhar o nada.

Jazmyn parou ao meu lado.

- Eu sinto muito, Johnson. - ela disse.

- Tudo bem, não se preocupe com isso. - suspirei.

- Mas eu sabia e simplesmente, escondi de você. - ela parecia arrependida.

- Desconfiava disso, mas isso não muda nada. - a olhei. - Quem deveria ter dito, não disse nada.

- Mas mesmo assim, me desculpa. - ela pediu.

- Não tem que pedir desculpas, ele é o teu irmão. - disse. - Eu faria o mesmo. - tentei sorrir.

- Você gosta bastante dele, não é? - assenti e suspirei.

- Se eu soubesse que o veria hoje, não teria vindo. - ela sorriu fraco.

- Vocês já conversaram? - neguei com a cabeça.

- Pensei que ele iria atrás...

- Cheyenne é um porre, Seu nome. - ri da careta que ela fez. - Se ele ainda não te procurou, é porque ainda não conseguiu, dar algum perdido nela.

- Já desisti de esperar, alguma explicação dele. - falei decepcionada. - Vou superar isso.

- Não vai superar, vocês se amam. - a olhei.

- Não, eu amei sozinha. - ela fez uma carinha triste e me abraçou de lado.

- Não quero me meter, então não direi nada, como sempre fiz. - ela disse baixo.

- Tudo bem.

Entrei novamente no salão, recebi ordens para que ajudasse os garçons, a retirar as taças das mesas, junto os pratos e talheres. Fui fazer o que me pediram, eram bastante mesas e louças que não acabavam mais. Enquanto fazíamos isso, os convidados estavam conversando espalhados pelo salão.
Juntei alguns pratos na bandeja, da penúltima mesa, me virei para poder sair do meio das mesas, logo o DJ desligou as luzes, ótimo!
Comecei andar vagarosamente para não deixar, nenhuma louça cair, o fato era que eu não estava enxergando nada direito. Logo entrei no meio dos convidados, que estavam se balançando no meio do salão, pedindo licença é claro, sou educada. Enfim consegui chegar até a cozinha e deixar as louças, voltei ao salão e fiquei circulando pelo mesmo, assim como os seguranças. De longe, vi Cheyenne pegar na mão de Justin e puxa-lo para dançar, ele parecia não querer, mas cedeu. Ela dançava, enquanto ele se balançava, bebericando sua espumante. 
Caminhei mais um pouco, mas sem perde-los de vista e senti minhas pernas bambas, ela o beijou. Prendi a respiração observando ele retribuir e envolve-la em seus braços. Foi difícil segurar a lágrima, fechei os olhos sentindo aquele vazio me dominar.

- Circulando, Johnson. - O segurança ordenou.

Respirei fundo, me recompus e comecei a caminhar.

- Por favor, eu gostaria que me trouxesse outra taça. - Um senhor simpático pediu.

- Claro, agora mesmo. - me retirei, indo até a cozinha.

Em instantes voltei e o entreguei, o que havia me pedido. Circulei novamente e fiquei observando os convidados rirem e se divertirem.

- Vocês servem uísque, aqui? - o olhei e engoli o choro. 

Justin riu fraco, como se nada estivesse acontecendo.

- Já trago para o senhor, só um minuto. - disse firme e fui até a cozinha.

 Eu não sabia o que pensar, mas não podia chorar, não ali. Não na frente dele. 
Logo voltei com o copo de uísque, o entreguei.

- Obrigado. - ele disse e tomou um gole.

Fui saindo e ele pegou em meu braço.

- Por favor... Não. - Choraminguei com olhos marejados e ele me soltou, me afastei um pouco.

- Ah você esta ai, amor. - Cheyenne disse se aproximando dele..

 Ela agarrou o pescoço de Justin e o selou rapidamente. Ele me olhou com seu olhar de culpa, apenas baixei a cabeça.

- Me dá um tempo, cacete. - ouvi ele xinga-la e se afastar.

Ela ficou parada o olhando, sem entender nada, pelo menos foi o que pareceu. Continuei fazendo o que me pediam e assim foi até as três da manhã.
Assim que todos já tinham ido embora, fui liberada para ir também.

[...]

Cheguei e fui direto tomar um banho, coloquei uma roupa confortável e me joguei na cama, fiquei fitando o teto, pensando em tudo.
Como nos enganamos com as pessoas, parecia verdadeiro pra mim.
Sentia um vazio enorme em mim, sensação de perda, saudades de não me sentir assim. Sentia as lágrimas rolarem incontroláveis. 
A campainha tocou, me despertando daquele transe profundo em que eu me encontrava. Levantei da cama, limpei as lágrimas em meu rosto e desci.

- Quem é? - Perguntei em frente a porta.

Afinal eram, 04:17 am.

- Sou eu, amor. - A voz rouca de Justin, denunciava seu choro. - Por favor... Abre a porta. 

Coloquei a mão na porta e desabei, porque isso esta acontecendo?

- Por favor, Seu nome. - ele disse.

- Justin. - disse entre o choro.

- Por favor, eu... - ouvi seu choro. - Eu te amo.

Fechei os olhos ao ouvir, o que já nem sei se acredito. 
Abri a porta e tive a surpresa de um Justin diferente, seus olhos estavam vermelhos, assim como seu rosto, triste. Nos olhamos por instantes e logo ele me puxou para um abraço forte.

- Você mentiu pra mim. - falei entre o choro.

- Me perdoa! - ele disse e fungou.

Rompi o abraço e respirando fundo, ele limpou as minhas lágrimas.

- Não precisava ter vindo. 

- Queria conversar com você. - fiquei o encarando e logo lhe dei passagem.

Justin entrou e senti aquele tipico cheiro de maconha, fechei a porta.

- E o teu pai? - ele perguntou ainda de costas pra mim. 

- Está no Japão. - ele me olhou. - Foi promovido, então precisaram dele lá.

- Não tinha me falado isso.

- Não deu tempo. - me escorei no pilar e cruzei os braços.

- Não era pra ter sido dessa maneira. - ele disse me olhando.

- E como esperava que fosse? Com alegria? - ironizei.

- Isso é difícil pra mim também, cacete. - ele se alterou.

- Não acho que seja, parece ser divertido ter duas mulheres. - ele me olhava sério.

- Não fala assim, não tenho duas mulheres. 

- Agora não mais... - ele travou o maxilar.

- Pensei que fossemos importantes, um para o outro.

- E eu pensei que fosse a única. - disse e vacilei deixando a lágrima rolar.

- E você é. - ele se explicou rapidamente.

- Não minta pra mim. - fechei os olhos, logo o encarei.

- Eu não estou mentindo, você me conhece.

- Não. - baixei a cabeça.

- Por favor, não acabe com tudo. - ele se aproximou lentamente.

- Mas foi você quem acabou. - falei.

- Me dê apenas um tempo, pra resolver isso tudo. - ele pediu.

- Enquanto corre esse tempo, o que sugere? - ele me olhava tão triste. - Que passamos a nos ver escondidos?

- Só não quero abrir mão de você, Seu nome. - ele disse baixo.

- Eu não sou boba, Justin. - me afastei dele. - Você quer vir aqui fazer e acontecer comigo, voltar para a mansão e dormir com ela, não sou idiota.

- Separação leva tempo, Seu nome. Por favor tenta me entender.

- Tentar entender o que? Vai ficar brincando com nós duas. - ele travou o maxilar novamente. - Quer me fazer de palhaça? - perguntei indignada.

- Não vou te fazer de palhaça, caralho. - ele disse bravo. - Vou me resolver com ela, mas isso leva tempo.

- E o que te impede de chegar lá e terminar tudo, pra ficar comigo?

Ele ficou pensativo.

- É complicado, Seu nome.

- Então não faça, Justin. - falei.

- Vou fazer por você, porra. - disse estressado.

- Não estou pedindo que se separe. - ele me olhou decepcionado.

- Eu quero ficar com você, dá pra entender isso? - neguei com a cabeça. - Eu só estou te pedindo um tempo, pra resolver tudo.

- Não vou ficar te dividindo. 

- Você não vai me dividir, eu prometo isso.

- Não prometa o que eu sei, que não vai cumprir. - disse aborrecida.

- MAS QUE PORRA, SEU NOME. - ele gritou e me assustei.

- Para com isso, porque esta gritando? 

- Porque eu estou pedindo apenas um tempo pra resolver tudo, porque eu quero ficar com você e mesmo assim você não quer. - ele disse aborrecido.

- Eu não quero ser a tua segunda opção, Justin.

- Ninguém aqui disse que você seria, caralho. - ele disse sem paciência. - Estou tentando me resolver com você.

- Você é casado, como acha que vamos resolver isso? - ele ficou me olhando. - Eu não preciso dessa situação, Justin.

- Estou pedindo apenas um tempo, eu vou resolver. - ele parecia cansado.

- Pra mim, tudo não passou de um plano, pra tirar a minha virgindade. 

- Quê? Que porra esta falando? Nunca teve plano algum, caralho. - ele estava impaciente.

- Isso é tão clichê, Justin. - ele franziu o cenho.

- Acha mesmo, que eu queria apenas comer você? - ele perguntou indignado.

Bufei.

- Eu já não sei de mais nada. - e realmente não sabia.

Ele ficou me olhando.  

- Não acredita em mim? Na porra do sentimento, que sinto por você?

- Não acredito que mentiu pra mim. - suspirei. - Não acredito que é casado. - minha voz falhou.

- Me perdoa! 

- Por favor, vai embora. - disse baixo.

Ele ficou me olhando relutante, mas acabou saindo.

Fechei os olhos e apenas ouvi o barulho, da porta sendo batida.
Sinto que meu coração, esta em pedaços.

[...]

Meu celular tocava, enquanto eu me vestia. O peguei de cima da cama, era uma ligação do Japão, atendi.

- Alô?

- Então, Baby... - sorri a ouvir a voz dele.

- Oi pai, como esta tudo?

- Hei, eu quem faço as perguntas, mocinha. - ri dele. 

- Como você esta? - perguntei.

- Com saudades, fora isso normal.

- Então, estamos no mesmo barco, capitão. - brinquei.

- Como esta tudo por ai?

- Tudo bem. - menti. - Tirando a parte, que pareço o bicho do mato, por quase não ter vida social. - ele riu.

- Desculpe, por não poder estar com você.

- Tudo bem, faça o que tiver que fazer e volte logo. - disse.

- Tudo bem, vou desligar, porque a ligação é cara.

- Tá, fique com Deus, eu te amo!

- Eu te amo, baby. - ele disse e por fim desligou.

Terminei de me vestir, fiz um trança no cabelo, peguei meu celular e desci. Estava esperando a Jazzy, ela me convidou para ir na praça, aqui perto. Fui até a cozinha e peguei uma maça, ouvi a campainha e fui até a porta, abri e vi Jazzy toda sorridente.

- Pronta? - ela perguntou.

Sai e fechei a porta, a trancando. Olhei no visor do meu celular, passava da sete da noite.

- Pontual, você. - brinquei e ela se gabou.

- De quem é esse carro? - ela se referia ao meu carro na garagem.

- Meu. - disse mastigando a maça.

- E porque você não usa? - fomos caminhando até a praça.

- Porque eu não sei dirigir? - perguntei e ela riu. - Qual a graça?

- Eu também não sei. - franzi o cenho.

- Mas você tem dinheiro, pra pagar alguém, pra dirigir pra você.

- E você tem dinheiro, para pagar aulas.

- Nem tanto, não gosto de fazer essas coisas, não são importantes pra mim. - dei de ombros.

- Sem elas não vai poder dirigir, gênio. - Ela falou o óbvio.

- Eu sei, mas ainda tenho algum tempo, quando der na telha, eu faço as aulas. - dei de ombros.

- Posso pedir pro Khalil te ensinar, quer?

- Se ele quiser, eu aceito. - falei.

- Claro que ele aceita, ele é um cara legal. - sorri.

- E você é apaixonada por ele. - disse e a olhei.

Vi seu rosto ficar vermelho e comecei a rir.

- Seu nome, você é tão maldosa. - ela disse envergonhada.

- Só falei o que vejo, vocês dois se gostam.

- Claro que não, ele é amigo do Justin. - ela disse sem jeito.

- E dai? É regra ser ou não, amigo de Justin? - ela me olhou.

- Ah, sei lá.

- Bobagem, deveriam conversar. - enfim chegamos na praça.

- Você acha? - ela perguntou empolgada.

- Claro. - sorri.

Avistamos Collins e alguns amigos de sempre, sentados conversando e bebendo. Nos aproximamos, sentamos e ficamos jogando conversa fora, é bom rir as vezes.
Jazmyn se levantou e a segui com o olhar, ela foi caminhando até chegar em Khalil, que vinha ao seu encontro, junto com o Za.
Eles se cumprimentaram, trocaram algumas palavras e se aproximaram.

- E ai, desocupados. - Khalil disse.

Todos o cumprimentaram.

- Oi. - disse e ele deu uma piscadinha pra mim. - Za.

- E ai, gata? - sorri.

- E Justin? Pensei que ele viria com vocês. - Jazzy perguntou.

Senti um frio na barriga, a fuzilei com o olhar. Como essa criatura não me avisa, que ele iria estar aqui?

- O Justin não vem, disse que ia levar a Cheyenne pra jantar. - Za disse.

- Cala a boca, demente. - Khalil disse olhando dele para mim.

- Ops, desculpa. - Za pediu olhando pra mim.

- Gente que isso? Tudo bem. - disse sem jeito. - Eles são casados, normal um casal sair pra jantar.

O clima ficou meio chato, até Collins falar uma bobagem e todos rirem dela.

- Johnson. - olhei para Khalil. - Jazzy me disse das aulas de direção.

- Ah, sim. - disse sem graça.

- Por mim, tranquilo. - ele falou e sorriu. - Estou livre todas as noites.

- Eu também, então...

- Fechou, começamos amanhã? - ele perguntou.

- Sem problemas, as oito?

- Estarei aqui te esperando. - ele disse.

- Tudo bem. - sorri e ele piscou pra mim.

[...]

Eram exatamente, sete e meia da noite. Vesti um abrigo e um moletom, fazia um pouco de frio. Prendi meus cabelos em um rabo-de-cavalo, peguei meu celular e desci. Peguei as minhas chaves e sai de casa, trancando a mesma. Fui caminhando vagarosamente, ainda tinha tempo. 
Cheguei em frente a praça e avistei o carro de Khalil, estacionado. Caminhei até ele e acho que ele me viu, através do espelho, porque ligou e desligou o farol, não conseguia o ver, seus vidros fumes, impossibilitavam a minha visão, me aproximei do carro, abri a porta do carona e entrei.

- Quando vamos parar com isso? - disse assim que sentei no banco.

- Parar com que? - Justin perguntou calmo.

- Cadê o Khalil?

- Eu estou aqui, também posso te ensinar. - Ele me pareceu enciumado. 

- Eu não quero! - tentei abrir a porta, mas ele travou a mesma.

- Abre a porta, por favor. - pedi calmamente, ele bufou.

- Porque não pode simplesmente, conversar comigo? 

- Pelo amor de Deus, Justin. - disse sem paciência. - Você ta querendo o que?

- Ficar com você, porra! - ele se exaltou.

Olhei pra frente e cruzei os braços, ouvi ele respirar fundo.

- Você poderia ter sido honesto, comigo. - falei sem olha-lo.

- Poderia, mas não fui. - ele disse e o olhei. - Então... Me perdoa, porque eu realmente estou arrependido, se não nem aqui estaria agora.

- Claro, estaria com Cheyenne.

- Sim, estaria com ela. - ele disse sério.

- E como esquecer, que o cara que eu amo, mentiu esse tempo todo?
  - Não faz isso, comigo. - ele fechou os olhos, logo abriu me encarando.

Senti as lágrimas rolarem em meu rosto. Baixei a cabeça, encarando minhas mãos. 
O celular dele começou a tocar, ele pegou de dentro do seu palitó, fez sinal com o dedo para que eu esperasse e saiu do carro, fechando a porta. Não consegui ouvir com quem falava, apenas demorou alguns minutos e entrou novamente.

- A patroa esta esperando? - falei olhando pra frente.

- Quê? Do que esta falando?

- Era Cheyenne? - o olhei.

- Não, era o Khalil. - ele colocou o cinto. - Ele quer o carro de volta.

- Foi ele quem falou, que estaríamos juntos? - ele assentiu. 

- Coloca o cinto. - ele disse.

- Não, eu não vou com você. - disse e ele me olhou, ligou o carro. - Pode me deixar em casa, mesmo.

- O que custa você ficar um tempo comigo, caralho? - ele falou bravo. - Esta fugindo de mim, porque?

- Não estou fugindo de você, quero apenas ir para minha casa. - expliquei. - Você não vai devolver o carro? Então, eu disse que não vou com você. - ele bufou e pegou o celular.

- Espera aqui. - ele disse e abriu a porta.

- Não, eu vou pra minha casa. - insisti.

- ESPERA AQUI, CARALHO. - ele bateu a porta e revirei os olhos.

Cruzei os braços e esperei a beleza terminar sua ligação, ele entrou novamente e bufei. Ficamos um bom tempo em silêncio, era agoniante. Ouvi batidas no vidro do lado onde Justin estava e senti meu coração pular de susto.
 Justin baixou o vidro e Khalil nos olhou sorrindo.

- E ai casal? - foi impossivel não rir dele. 

Justin destravou as portas e fez sinal pra mim sair, saimos do carro. Eles se cumprimentaram com um toque.

- Deixei ela ali do outro lado da rua. - Khalil disse.

- Trouxe a Ferrari? - Justin perguntou.

- A vermelha. - ele deu a chave para o Justin. - Tá, eu vou nessa, estou com pressa.

- Tchau, traíra. - falei e ele soltou uma gargalhada.

- Bem que você gostou. - Khalil disse e Justin riu fraco.

- Tá, vaza. - Justin disse.

Khalil entrou no carro e saiu que nem um louco, desaparecendo em instantes.
Justin ficou me olhando e eu desviei o olhar.

- Bom... Então? - falei. 

Caminhei até o banco que tinha ali e me sentei. Ele fez o mesmo, sentando ao meu lado. Ele parecia procurar as palavras certas, para dizer algo.

- Você não vai me magoar, mais do que já magoou. - ele me olhou.

- Bom, não sei por onde começo. - ficou pensativo.

- Pelo começo. - disse e ele suspirou.

- A conheço desde que eramos pirralhos, comecei a namorar com ela tinha uns quinze anos. Entre ida e vindas o namoro continuou, mas o pai dela era um velho filha da puta e ficava me pressionando para casar com ela. Não vou negar que não gostava dela, porque seria mentira, mas ainda não me sentia pronto pra casar. Enfim, depois de tanta torração de saco, da parte da minha mãe e do pai dela, casamos. Não foi um grande evento, foi uma festa social, apenas para amigos mais íntimos. No começo até que foi legal, mas com o tempo foi esfriando, ela ficava pegando no meu pé. Não podia sair com os cabeças, que ela ficava me infernizando, jogando na minha cara que eu estava a traindo e isso estava me deixando de saco cheio daquela porra toda. Começaram as brigas diárias, então resolvemos dar um tempo algumas vezes, mas ela sempre voltava, prometendo que mudaria e eu acreditava. 

- Ah quanto a relação de vocês não esta bem? - perguntei.

- De uns três anos pra cá. - ele disse. - Nunca foi mil maravilhas e sei que nenhuma relação é, mas a nossa era e ainda é um inferno. Então teve um dia que fiz um jantar lá em casa, chamei os moleques e a Hailey, lembro que ela teve um ataque de ciumes na frente de todos, porque Hailey havia pedido para tirar uma foto comigo.

- Hailey sempre em todas. - zoei.

- Naquele dia brigamos feio e eu mesmo fiz as malas dela, a mandei embora da minha casa, porque não aguentava mais. Ela foi, mas no outro dia voltou para conversar e assim decidimos que daríamos um tempo para nós dois. Dei dinheiro pra ela e paguei a passagem para ela voltar para o Canadá, na casa dos pais dela. Nesse tempo nos falávamos todos os dias, por mensagem ou ligações. 

- E porque ninguém da tua família, me disse que era casado? - indaguei.

- Eles nunca se meteram na minha vida. - disse simples.

- Também, com o poço de ignorância que você é. - falei e ele me fuzilou. - Só falo o que vejo. - me defendi.

- Decidimos que ficaríamos um ano separados e assim ela voltaria dentro do prazo, para conversarmos.

- Então ela voltou, para saber o que será decidido? - ele assentiu. - Então porque beijou você, no Coquetel?

- Para manter as aparências. - franzi o cenho.

- Se tivesse me dito, eu teria entendido, não sou nenhuma ignorante, Justin. - ele me olhou.

- Nossa, como você é petulante. - ele disse de uma forma divertida. - Ninguém aqui disse, que você era ignorante. 

- Achei que pensasse isso, quando decidiu me esconder a verdade. - rebati.

- Não disse porque com certeza, não ficaria comigo. - ele fez uma carinha linda.

- Esse era o óbvio. - ele deu de ombros. 

- Vocês já conversaram? - perguntei.

- Ainda não. - ele falou baixo. - Queria que me entendesse, não consigo ficar tranquilo, sabendo que estamos assim, separados, porra. 

Fiquei pensativa por instantes, o queria muito comigo.

- Se quer ficar comigo, vai ter que resolver essa situação. - falei relutante.

Justin abriu um sorriso.

- Eu vou resolver, só preciso que confie em mim. - ele pediu.

- E vou tentar. - falei sem animo.

Num movimento rápido, ele me puxou para o seu colo. Encarei aqueles olhos, que me deixavam de pernas bambas e o beijei. Sentia que o meu coração iria pular pra fora, a qualquer momento, fiquei sem ar. Ele envolveu minha cintura e o abracei forte, queria aquele momento pra sempre em mim.

- Justin... - ele me olhou. - Por acaso, vocês estão dormindo juntos?

- Claro, como qualquer casal, eu não tinha te falado, mas Cheyenne tem mania de dormir agarradinha comigo, se não tem pesadelos. - ele disse sério.

- Como você é cachorro, Justin. - O xinguei.

Senti a raiva queimar meu rosto e tentei sair do colo dele, mas ele me segurou forte e soltou uma gargalhada gostosa.

- Ciumenta. - ele falou me segurando, enquanto levava tapas de mim. - Quer parar com isso, Seu nome? Dói, caralho. - ele reclamou rindo.

O olhei séria e zangada, ele parou de rir.

- Porque faz isso? - perguntei.

- Queria saber se você sentia ciumes de mim, como eu sinto de você.

- Que idiotice. - falei.

- Não dormimos juntos, estou na casa de Jeremy. - ele disse.

- Sério? - ele assentiu.

- Brigamos porque ela não me avisou que estava voltando, então peguei as minhas coisas e fui para casa do meu pai. - se explicou.

- Porque se beijaram no Coquetel?

- De novo essa pergunta, caralho? - ele perguntou bravo. - Já respondi que ela gosta de manter as aparências.

- Só estava te testando. - ele franziu o cenho.

- Não brinca comigo, Seu nome. - Ele avisou, revirei os olhos.

Ele olhou em seu relógio.

- Que horas são?

- Onze. - ele disse e tirou a carteira de cigarro do bolso.

- Não vai fumar agora, vai? - perguntei.

- Algum problema, princesa? - ele disse irônico.

Bufei e ele me imitou bufando.

- Me leva até em casa?  - ele tragou a fumaça, a soltando em seguida.

- Vem dormir comigo hoje. - ele disse.

- Na casa do Jeremy? - ele assentiu.

- Ou esta afim de um ménage, com Cheyenne junto?

- Justin sério, não estou gostando. - me aborreci.

- Estou brincando com você, Shawty. - ele disse e me selou.

- Aposto que se fosse eu, você estaria esfumaçando, mesmo sendo apenas uma brincadeira. - ele franziu o cenho. - Mentira minha?

- Não, eu tenho ciumes mesmo. - ele deu um tapinha na minha coxa e me levantei.

 Ele se levantou e terminou de fumar, jogou a butuca fora e saímos de encontro a sua Ferrari, estacionada do outro lado da praça.

[...]

Acordei de uma noite maravilhosa, não estava acreditando que estávamos juntos novamente, se me lembro bem, eu disse que iria superar essa fase. Ri dos meus pensamentos, tateei a cama e Justin não estava mais.
Me levantei e fui preguiçosamente até o banheiro, fiz xixi, lavei as mãos e logo o rosto, para e acordar um pouco. Prendi meus cabelos em um coque e sai do quarto. Desci e ouvi algumas vozes vindo da cozinha, fui em direção a mesma e vi Jazzy discutindo com Jaxon.

- Bom dia. - falei e os dois me olharam.

- Seu nome? - Jaxon disse surpreso.

- E eu aqui pensando, que quem estava gemendo daquele jeito era Cheyenne. - Jazzy disse e senti meu rosto queimar. - Me dava nojo, imaginar ela gemendo para o Justin.

Jaxon largou uma gargalhada, acho que da minha cara.

- Jazmyn... - foi tudo que consegui dizer.

- Mas fico feliz que os gemidos vinham de você, amiga. - ela sorriu serena.

- Jazzy, você esta deixando a Seu nome sem graça. - Jaxon disse.

- Ah meu Deus, desculpe! - ela disse rindo, sem se dar conta do que tinha acabado de falar.

- Tudo bem. - murmurei envergonhada, mato ela depois. 

- Café? - Jaxon perguntou.

- Não obrigada, queria saber se viram Justin?

- Ele estava na biblioteca. - Jazzy disse com a boca cheia de pão.

- Relaxada, não se fala de boca cheia. - Jaxon a xingou e eu ri.

- Vai a merda, Jaxon. - ela rebateu. - Eu falo como eu quiser.

- É porca mesmo, que nojo . - Jaxon disse e os deixei ali discutindo.

Caminhei até a biblioteca  e a porta estava entre aberta, ouvi algumas vozes, reconheci a de Justin, parei em frente a mesma. 

- Já chega, Cheyenne. - ele parecia irritado. - Você me irrita, caralho.

- Como você é imbecil, um pai de merda, isso sim. - ela parecia furiosa.

Pai? Como assim, pai?

- Cheyenne me faz um favor? Vai pra puta que te pariu. - ouvi Justin dizer.

- Foi por isso que nos separamos, porque você é um ignorante completo. - nisso eu concordo com ela.

- Hei, eu estou aqui, não finjam que não estão me vendo, por favor. - era uma voz fofa e rouca.

 Parecida um pouco com a voz de Justin, só que um pouco infantil, mas não reconhecia de quem poderia ser. 
Se fez breves instantes de silêncio.

- Então esta decidido, Justin. - Cheyenne disse.

- Esta decidido porra nenhuma, ele não vai e pronto, caralho.

- Vai sim. - ela insistiu.

- Cheyenne, não testa a minha paciência, cacete.

- Hei pai, pega leve. - Ouvi a voz rouca novamente.

Pai? Que merda é essa?

_________________________

Continua?



Olá gente, como estão?
Desculpem a demora.
Bom, esta aqui mais um capitulo, espero que gostem!
Continuo só com comentários, então... Comentem, please?

Fiquem com Deus e Feliz Páscoa, espero que ganhem muitos chocolates. U.U

Amo vocês...
Beijoos!



#Fê