25 de set. de 2016

Never Meant To Fall In Love - Capitulo 22.

Ignorem os erros e tenham um boa leitura. 



Seu nome Johnson P.O.V

Quando encontrei meu pai naquele estado, senti um nó se formar em minha garganta, demorou mais consegui lhe convencer, a me contar o que realmente havia acontecido, já que só cair da escada, não lhe causaria um olho roxo.

Me sentia fora de mim, uma raiva incontrolável passeava pelo meu corpo, enquanto dirigia até a mansão daquele imbecil, como ele se atreve? Só queria chegar logo e acabar com essa fúria. 
Assim que ele abriu a porta, aquele amor todo parecia não existir mais.


- Oi... - ele disse sério.

- SEU IDIOTA. - gritei e ele arregalou os olhos. - VOCÊ TEM MERDA NA CABEÇA? - avancei nele o estapeando, furiosa. - VOCÊ BATEU NO MEU PAI, FILHO DA MÃE. - ele virou o rosto, com o tapa que eu o acertei.

Nem esperei ele se recuperar e continuei o batendo, queria descontar todo o ódio que estava sentindo.

- Para, caralho. - ele tentava segurar as minhas mãos, mas não conseguia.

- Você é um imbecil. - acertei mais dois tapas, em seu rosto.

Ele me empurrou e eu bati com as costas contra parede, nem me importei com a dor e fui pra cima dele novamente, ele tentava defender o rosto, mas o sentia me bater também. Naquela altura me vingava entre tapas e chutes, não só pelo meu pai, mas também por tudo que ele me fez. Ele conseguiu me imobilizar, me dando uma gravata, como se estivesse brigando com um homem.

- Me solta. - Disse entre dentes.

- Eu não quero te machucar, então para. - o dei uma cotovelada e ele se curvou, mas não me soltou, apenas apertou mais o braço em meu pescoço. - Estou falando sério, porra.

- Eu te odeio, imbecil.

- Estranharia, se isso fosse demonstração de amor. - Justin debochou, me debati e mordi seu braço. - Aaahhh, para caralho. 

Soltei a mordida, me virei e o empurrei, num ato rápido, ele me puxou e caímos no chão, cai por cima dele e acabei batendo a minha cabeça na boca de Justin, essa foi sem querer, mas valeu. Ele gemeu.
Sai de cima dele, gemendo de dor na cabeça, me sentei no chão e ele cuspiu sangue e se levantou, parecíamos dois loucos. Justin estava com a calça suja de sangue, que escorria do corte em seu rosto. Falar em seu rosto, estava todo vermelho.
Ele se sentou nos ultimos degraus da escada, me encarando.

- Ficou louca? - tinha sangue entre seus dentes, a cabeçada foi forte.

- Deixa de ser hipócrita, Justin. - me levantei. - Você bateu no meu pai, seu imbecil.

- E achou que ia vir aqui e se vingar por ele? Você é o que, a mulher maravilha?

- Você é um doente mesmo. - ri nervosa.

- Doente, porra nenhuma. - ele disse bravo. - Seu pai que chegou aqui me batendo.

- Cala essa boca.

- Acha que consegui esse corte onde? Fazendo a barba? - ele debochou. - Eu apenas me defendi, não sei você, mas não sou saco de pancada de ninguém. - ele limpou com as costas da mão, o sangue que escorria por sua bochecha.

- Você mereceu, não mereceu? Afinal, ele não viria aqui te bater, se você não tivesse merecido.

- Que merecer o que, seu pai tem é medo. - fiquei o olhando. - Medo de perder de novo.

- Perder o que?  - ele se levantou.

- EMMA. - ele gritou e uma de suas empregadas apareceu na sala. - Me traga algumas gases. - a garota assentiu e saiu.

- De que medo esta falando? - perguntei.

- Pergunte a ele. - ele deu de ombros. 

A garota apareceu, entregando as gases a Justin e se retirou.

- Você só pode estar blefando. - ele riu e começou a limpar o rosto.

- Pior que desta vez, não estou. - ele parecia não se importar com a minha presença, falava sem me olhar.

- Então me diz, porra. - ele riu alto.

- Eu não vou dizer nada, pergunta pro Charles, ele sabe. - finalmente ele me olhou e piscou assim que terminou de falar.

- Você não sabe, o quanto eu me arrependo de ter aceitado você na minha vida. - disse sentindo meus olhos marejarem. Ele ficou sério me encarando, ele suspirou. - Eu acreditei em você, acreditei de verdade, Justin. - solucei.

Ele colocou as duas mãos no rosto.

- Me perdoa, Seu nome... - neguei com a cabeça. - Eu queria tanto não magoar você.

- Eu queria tanto esquecer... - ele tentou se aproximar, mas recuei.

- Baby...

Virei as costas e sai dali, queria voltar e dizer que todo aquele amor que eu sentia havia se transformado em magoa e que nada mais será como antes. 
Peguei o primeiro táxi que passou, desci duas quadras, antes da minha casa, caminhei até a praça e me sentei em um dos bancos da mesma. Queria entender o quanto boba eu fui, entender o porque  pessoas dizem, que amar é bom. Soltei meus cabelos, o arrumando em um coque alto. Suspirei e senti alguém tapar meu meus olhos, gelei.

- Se adivinhar, ganha um beijo. - Sorri fraco.

- Derek. - ouvi sua risadinha.

Ele tirou as mãos do meu rosto e me virei para olha-lo, ele beijou minha bochecha e se sentou ao meu lado.

- O que esta fazendo aqui, sozinha? - sorri.

- Só meditando. - ele riu.

- Nossa, que profundo. - ri fraco. - Como você esta? Estava preocupado com você.

- Eu vou ficar bem, não se preocupe. - ele respirou fundo. 

- Sabe que não precisa sofrer por ele, não sabe? - baixei meu olhar. 

- Se arrependimento matasse... - ele riu fraco.

Ficamos um tempo em silêncio.

- Como esta se saindo no curso? - perguntei quebrando o silêncio.

- Até que nada mal. - sorri. - Eu ia te falar, mas como você não estava bem...

- Fala logo! - ele riu.

- Eu consegui um estágio na área de administração. - ele disse todo tímido.

Soltei um gritinho e o abracei, ele se assustou e riu, rompi o abraço.

- Que bom, eu não acredito. - disse sorrindo.

- Começo no mês seguinte. - eu realmente estava feliz.

Derek esta se saindo melhor do que eu pensava.

- Parabéns. - ele mordeu o lábio inferior. - Mas me diz, isso tudo é pra impressionar, só o teu pai?

- Bom...  - ele se ajeitou no banco. - Queria impressionar uma garota também, sabe... Mostrar que não sou rebelde, como ela pensa que sou. - franzi o cenho.

- Que lindo. - apertei a bochecha dele e ele ficou vermelho. - Esta apaixonado?

- Faz tempo já. - ele riu.

- E porque nunca me disse nada?

- Eu já tinha te comentado uma vez. - fiquei pensativa. - Na ultima festa que fiz na minha casa, lembra?

- Não. - disse tentando me lembrar e ele franziu o cenho.

Arregalei os olhos e ele sorriu.

- Lembrou? - ele perguntou com um sorriso divertido nos lábios.

- Derek... - disse baixo.

- Entendeu a minha definição de gostar pra caralho? - respirei fundo, ficando sem jeito, o olhei. - Estou tentando impressionar você, Seu nome.

- E-eu, bom...

- Não precisa dizer nada, eu só queria que soubesse disso. - fiquei o olhando. - Não vou te forçar a nada, tão pouco implorar algo, só queria que soubesse que se me escolher, as coisas seriam diferentes.

Eu não sabia o que dizer, naquele momento as palavras me fugiram. Não queria estragar tudo, abrindo a boca e falando merda, ele falava tão seguro de si. Ele parecia tão decidido, tão perfeito, tão Derek...

- Bom...

- O que vai fazer hoje? - ele sorriu.

- Nada. - respondi rapidamente.

- Sai comigo? - ele perguntou sério. - Quer dizer, janta comigo?

- Eu? 

- Não, Nicki Minaj. - ele brincou, ri. - É só um jantar, nada demais. Topa?

- Tudo bem, eu janto com você. - ele sorriu.

- Você me pega as oito? - franzi o cenho.

- Como assim te pego? Você que tem que me buscar, você quem me convidou.

- Ok, princesa. Eu sei, só que eu não tenho carro. - ele revirou os olhos e ri dele.

- Tudo bem, as oito.

...

Terminei de me vestir e calcei minhas sapatilhas rosa bebe, me maquiei, escovei meus cabelos e borrifei perfume, pronta. Coloquei meu celular e minha carteira dentro da bolsa, desci e tomei um susto, ao ver me pai saindo da cozinha.

- Esta linda, vai sair?

- Vou sim, com Derek. - ele sorriu. - Pensei que fosse trabalhar.

- Eu já estou indo, só queria que me ajudasse, com esse olho roxo. - franzi o cenho. - Tem como disfarça-lo pra mim? Não quero ter que ficar respondendo perguntas inconvenientes. - assenti e subi até o meu quarto.

Entrei e peguei minha maleta de maquiagem, desci e ele estava sentado no sofá. Abri a maleta e tirei o corretivo de dentro da mesma, me aproximei dele e comecei a passar na volta de seu olho. Sentia muita raiva, por lembrar o motivo daquele hematoma. Mas não disse nada, assim como ele não tinha dito.

- Pronto. - peguei o espelho e lhe mostrei.

- Nossa, ficou bom. - ele disse, se olhando no espelho. - Obrigado, Baby.

- De nada. - guardei o espelho e o corretivo na mala.

Subi até o quarto e guardei a maleta, desci novamente e meu pai já estava pronto para sair.

- Já vou, se cuida. - ele se aproximou e beijou minha testa.

- Te amo. - falei e ele saiu.

Olhei no relógio e o mesmo marcava 07:45 p.m. Peguei a chave do meu carro na mesinha, sai e tranquei a porta, guardei a chave na minha bolsa e entrei na garagem, adentrei em meu carro e o liguei, dando partida.

Estacionei em frente a mansão de Derek. 
Sai do carro e caminhei até a porta, apertei a campainha, segundos depois a porta foi aberta, revelando Derek. Ri dele, pois nem arrumado estava.

- Que foi? - ele perguntou divertido.

- Você vai assim no jantar? - perguntei e ele me deu passagem, entrei.

- O que tem? - ele fechou a porta e se olhou.

- Você esta de pijama. - ele riu.

- Você se importa?

- Com o que? - perguntei.

- Que nosso jantar seja aqui? - ele fez sinal com a cabeça.

 Me virei para olhar e a sala estava toda decorada, com uma mesa no centro, posta para dois, ao lado um balde de champanhe.  A luz estava baixa e uma musica suave tocava, franzi o cenho.

- Você quem arrumou tudo?

- Sim, gostou? - ele perguntou todo feliz.

- Claro, ficou perfeito. - sorri o olhando. - Derek, que cheiro de queimado, é esse?

- Puta que pariu. - ele disse e saiu correndo em direção a cozinha, o segui.

Adentrei na cozinha e o vi tirando de dentro do forno, uma forma e logo a fumaça tomou conta dele. 

- Mais que porra do caralho. - ele reclamou.

- Queimou? - perguntei.

 Já que ele estava na frente e eu não conseguia enxergar nada.

- Se queimou? A porra torrou. - ele disse estressado.

Me aproximei dele e o cheiro de queimado era forte. Realmente estava tudo preto, estava torrado. Comecei a rir e ele me olhou.

- Qual a graça, Seu nome? - ele perguntou sério. - Nosso jantar foi pro beleleu. - ri mais ainda.

- O que era pra ser isso? - perguntei entre o riso.

- Uma lasanha. - ele disse incomodado. - Eu tinha preparado com todo cuidado.

- Eu não sabia que cozinhava.

- e não cozinho, esta ai o resultado. - não me segurei e comecei a rir novamente.

- Porra, Seu nome... Não ri, cara. - ele pediu.

- Tudo bem. - disse cessando o riso.

- Agora vamos morrer de fome. - ri dele.

- Claro que não, garoto. - ele estava decepcionado. - Vamos pedir uma pizza.

- Que vergonha, te chamar pra jantar e estragar tudo. - ele disse bravo.

- Hey, deixa disso... Vamos pedir a pizza e assunto encerrado. - ele assentiu e foi fazer o pedido.

Enquanto a pizza não chegava, o ajudei a limpar as coisas que ele queimou, já que tinha dado folga as empregadas.

- E seus pais? - peguntei, enquanto ele lavava as coisas sujas.

- Pedi que deixassem a casa livre pra mim, hoje. - ri fraco.

- Hum, esperto você. - ele riu e me jogou água.

Tomei um susto e ele soltou uma risada.

- Porra, garoto. - o xinguei.

- Não me chama de garoto, se não te molho de novo. - sequei meu rosto, com o papel toalha.

- Vai ter volta. - o ameacei e a campainha tocou.

Ele foi atender e o segui, ouvi o barulho da porta e ele apareceu com pizza, a colocou na mesa que estava na sala.

Jantamos a pizza, estava uma delicia... Derek era uma companhia agradável, me sentia bem. E ele fez o favor de não tocar em nenhum assunto desagradável, em nada relacionado ao Justin, ele foi muito querido. E como ele mesmo disse, não forçou a barra.

- O que achou do jantar? - ele perguntou me levando até o carro.

- O que você torrou ou a pizza? - perguntei rindo.

- Poxa, Seu nome. - ele reclamou. - Eu tentei cozinhar pra você.

- Tudo bem, eu amei tudo. Passei uma noite maravilhosa, hoje. - ele sorriu e se escorou no carro, fiquei em sua frente. - Você foi perfeito.

- Você é perfeita. - senti minhas bochechas queimarem. - Não precisa ficar com vergonha.

- É que fico sem graça. - ele riu e colocou a mão na minha cintura, me puxando pra si. - Derek...

- Que? - ele perguntou baixo.

- Você disse, que não ia forçar a barra. - falei o olhando.

- Mas não estou, se você não quisesse já teria se afastado. - senti meu rosto queimar novamente e desviei o olhar. - Olha pra mim.

O olhei e ele me beijou, pensei em recusar, quando quando a língua dele pediu passagem, senti me faltar o ar, ele era tudo de bom.

Depois de meia hora pedindo, Derek me deixou ir embora, ele queria que eu dormisse com ele, esperto demais. Mas muito fofo, um pedaço de mal caminho.
Estacionei o meu carro e ouvi vozes, estranhei a luz da sala acessa, meu pai estaria trabalhando, certo? Errado, era os gritos dele que eu ouvia e me desesperei, caminhei em passos rápidos até a porta a abri bruscamente, tendo a desagradável visão do meu pai, dando uma gravata de braço, no Justin.

- Pai, solta ele. - disse em desespero, corri até ele.

- Conta pra ela, Charles. - Justin dizia com dificuldade. 

Seu rosto estava vermelho, enquanto ele segurava o braço do meu pai, com as duas mãos, fazendo uma força danada pra não morrer sufocado.

- Eu vou te matar, desgraçado. - meu pai disse entre dentes.

- Pai, solta ele por favor. - tentei empurrar meu pai, mas ele nem se mexeu.

- Eu disse pra você ficar longe delas. - meu pai disse.

- Não posso ficar longe de quem me ama, Charles. - Justin disse fazendo força.

- PAI. - senti as lágrimas rolarem.

- Conta pra ela, cagão. - eu não sabia se tentava separar eles, ou se ouvia a conversa. 

- SOLTA, PAI. - meu pai soltou, o empurrando.

 Justin caiu tossindo e se levantou rapidamente.

- Conta Charles... - Justin alisava o pescoço, fiquei entre eles.

- CALA ESSA BOCA. - meu pai esbravejou.

- Conta sobre a Brianna. - Justin disse.

Olhei para Justin e ele tinha uma expressão diabólica, junto um sorriso debochado. 

- Me contar o que sobre a Brianna? - perguntei entre o choro.

- Fala pra ela, Charles. - Justin disse rindo.

- Cala essa boca, ou eu vou ai calar, desgraçado. - Justin fez cara de ofendido.

- FALEM LOGO. - gritei em desespero.

- Charles não quer contar, que fodi a Brianna na cama dele. - Justin disse sério encarando meu pai.

Senti o ar me faltar e minhas pernas ficaram bambas, cai sentada no sofá, gelei por completo, olhando para o nada.

- Baby? - meu pai me chamou.

- Seu nome? - Justin se aproximou de mim, pois estava mais perto do que meu pai. - Você esta me ouvindo? - ele se agachou na minha frente. - Seu nome?

O olhei e senti ódio, eu queria mata-lo. Num ato rápido o estapeei e o empurrei, ele caiu no chão e avancei nele, depositando vários socos e tapas, ele tentava se defender.

- VOCÊ DORMIU COM A MINHA MÃE, DESGRAÇADO. - disse, enquanto meu pai me tirava de cima de Justin.

Justin se levantou rapidamente e cuspi no rosto dele, ele travou o maxilar.

________

Continua?





Obrigada pelos comentários!
Onze, nem acreditei... Vocês são demais, amei *-*


Eitaa, esse Justin. O.O
E o acharam do Derek? Um fofo, sim ou claro? Adorei a Hashtag, haha.
O que acharam do capitulo, me contem ai nos comentários, please?

Hey, como estão?
Demorei? Só um pouquin, haha¹¹
Agora é sério, o próximo será o fim.
Espero que gostem!
Já vou, fiquem com Deus.

#Fê

15 de set. de 2016

Never Meant To Fall In Love - Capitulo 21.


Ignorem os erros e tenham uma boa leitura. =)



Seu nome Johnson P.O.V

Chorar alivia a dor da alma...

Chorei tudo que eu tinha pra chorar, solucei chamando por ele, sentindo meu coração se quebrar em mil pedaços. Sentindo o vento levar os meus sentimentos, como se eles não tivessem sido nada. Agora existia um grande vazio dentro de mim, como se eu tivesse sem uma parte importante, algo que me fazia falta. Sentia a necessidade de gritar invadir meu ser, queria acordar desse pesadelo.

Os dias se passaram, Derek vinha me ver algumas vezes, me ligava outras... Mas nada substituía a vontade que eu tinha de vê-lo, de tê-lo comigo. Queria poder odiá-lo, mas nem isso eu conseguia fazer.
Mais uma noite chegava, minha vontade era apenas de sumir, me esconder do que eu sentia, queria fugir dos meus sentimentos.
Estava quase dormindo no sofá, quando a campainha soou, me dando um susto e me fazendo pensar, que poderia ser ele que estivesse ali, cheirando a maconha, pronto para me encarar e me pedir desculpas por tudo que fez. A campainha tocou novamente e acordei dos meus pensamentos, indo abrir a porta.

- Quem é? - perguntei e destranquei a porta, a abri e arregalei os olhos. - Pai?

- Baby... - ele disse baixo e pulei em seu colo, o abraçando apertado. - Que saudades eu senti.

Senti o choro tomar conta de mim e logo os soluços me invadiram. Era uma mistura de saudades, com vontade de desabafar no ombro dele. 
Ele estava de volta, meu pai.
Ele entrou comigo em seus braços e se sentou no sofá, afrouxei o abraço e pude olhá-lo, ele também chorava, limpei as lágrimas que rolavam em seu rosto e ele sorriu.

- Eu te amo, baby. - sorri.

- Eu também te amo, pai. - ele beijou minha testa.

- Então começa me explicar, o que aquele imbecil fez com você. - senti um calafrio.

- Imbecil? Esta falando de Justin?

- De quem mais seria? - ele perguntou.

- Pai...

- Desembucha, Seu nome. - fiquei o olhando.

- Foi o Derek quem lhe falou? - me levantei de seu colo.

- Não interessa quem me falou e não foi ele, quero apenas que me diga... O que esta acontecendo? - respirei fundo. - E não ouse mentir pra mim. - ele disse firme.

- Bom... Ele brincou comigo esse tempo todo, era casado e tem um filho. Me iludiu, mentiu pra mim várias vezes e pra resumir tudo, ele chegou aqui e me jogou o balde de água fria, confessando que nada do que tivemos era verdade. - senti uma lágrima solitária, rolar em meu rosto.

- E o que você fez?

- Nada, apenas o mandei embora. - me sentei ao seu lado.

Ele ficou olhando pro nada, pensativo. Como se estivesse digerindo, tudo que eu havia dito.

- Mas esta tudo bem, pai. - alisei seu ombro - Vai passar.

Ele me olhou com um olhar decepcionado e respirou fundo.

- Fica tranquila, baby. - ele sorriu fraco.

Depois disso o ajudei a tirar as roupas das malas, a guardar as coisas. Enquanto ele me contava, como tinha sido estar e trabalhar lá. Ele parecia feliz.

...

Justin Bieber P.O.V

Sentia a culpa me corroer por dentro, a sensação de consciência pesada, não me dominava dessa maneira a muito tempo. Eu a magoei demais, mas ou eu fazia isso, ou iria acabar estragando tudo. Na verdade, já estraguei tudo...

- Tem certeza que não quer vir conosco, amor? - Cheyenne perguntou pela milésima vez.

- Tenho, já disse que não posso abandonar a empresa. - ela murchou os ombros desanimada. - Não vai ser a mesma coisa.

- São apenas três dias. - me levantei e a abracei.

Ok. - ela me olhou e depositou um beijo estalado, em meu rosto.

Sorri e a selei.

- Mãe, só falta você. - Christopher disse entrando na sala.

- Eu já vou, amor. - ela me beijou e saiu, os acompanhei até a porta.

- Christopher. - ele me olhou. - Se comporta. - falei sério e ele assentiu.

Cheyenne jogou um beijo no ar e abanei, eles entraram no carro e saíram.
Foram visitar o pai de Cheyenne, que não estava muito bem de saúde. Eu não fui não por causa da empresa e sim, porque aquele velho, só sabe encher a porra do meu saco. Entrei e subi para tomar um banho, terminei e vesti minha boxer, em seguida a bermuda. Desci pra jantar, estava morrendo de fome. Quando ia adentrar na cozinha, a campainha tocou,  voltei para atender, caminhei até a porta e abri a mesma, me deparando com o Sr Johnson parado ali.

- Sr Johnson? - estranhei ao vê-lo.

- Sabe porque eu estou aqui? - ele perguntou, parecia irritado.

- Não? - respondi franzindo o cenho.

- Pra isso. - ele disse e logo senti meu rosto queimar.

Com o impacto, cai no chão. Ele me acertou um soco no rosto, o olhei e ele me encarava furioso. Ri fraco e limpei o sangue que escorria do canto da minha boca, me levantei e massageei meu maxilar.

- Veio defender a tua cria, Charles? - perguntei debochando.

- Quero você longe dela, imbecil. - ele cuspiu as palavras e virou as costas.

- Esta com medo, Charles? - ele riu debochando e se virou para me olhar.

- Medo de que? De um moleque fedendo a leite, que nem você? - perguntou rindo e assenti debochando. - Eu não tenho medo de nada.

- Fedendo a leite? Não foi o que a Seu nome disse, quando gemia na minha cama. - ele travou o maxilar.

- Cala essa boca, moleque. - ele disse com raiva.

- Tem medo que eu faça com ela, a mesma coisa que fiz com Brianna? - vi seus olhos transbordarem raiva e ele veio pra cima de mim, senti meu olho queimar.

Revidei o acertando um soco e mais outros. E  quando dei por mim estávamos nos embolando.

- Que porra é essa? - ouvi a voz de Khalil. - Parou...

Ele me puxou e vi um dos seguranças puxar Charles, sentia meu rosto queimar.
Deixei um belo olho roxo e um supercílio cortado nele, mas devo confessar que esse filho da puta sabe bater.

- Fica longe da minha filha. - ele disse entre dentes e se soltou do segurança.

- Ela me ama, seria impossível. - debochei.

- Cafajeste, sem vergonha. - ele disse com nojo. - A tua mulher sabe do teu passado?

- Não, a tua filha sabe do nosso? - perguntei rindo.

- Vai pro inferno. - ele disse bravo e saiu.

Me aproximei da porta e a fechei, o segurança saiu.

- Que merda foi essa, Brother? - Khalil perguntou apavorado.

Comecei a rir.

- Do que esta rindo? - Khalil perguntou rindo.

- Eu não acredito, que me embolei com esse cara. - disse entre o riso.

- Foi feia a coisa, que porra você fez pra ele? Aliás, quem é ele?

- O pai da Seu nome. - ri mais ainda. 

- Porra do caralho. - ele disse impressionado. - E do que ele se referia, sobre o passado?

- Ah, é uma longa história. - dei de ombros. - Foi engraçado pra caralho, não foi? - ri.

- Engraçado foi as marcas, que ele deixou na tua cara. - Khalil disse e soltou uma risada alta.

Me levantei e fui até a mesinha espelhada, me curvei e vi as marcas em meu rosto, esse imbecil cortou minha bochecha.

- Filho da puta... - disse olhando o corte e Khalil gargalhou.

Ri também.

[...]

Acordei sentindo que meu rosto ia explodir. Entrei no banheiro e me olhei no espelho.

- Porra do caralho... - falei surpreso.

Minha bochecha estava inchada pra caramba, ao redor do corte, que pau no cu. Fui tomar um banho, terminei e vesti uma calça de moletom, precisava ir pra empresa, mas nem fodendo saio com essa cara na rua. Desci pra tomar café e o interfone tocou, fui até ele e atendi.

- Fala. - disse.

- Sr, Bieber... A senhorita Johnson, insiste em querer entrar. - o segurança disse.

- Pode deixar ela entrar, seu imbecil. - disse rude.

- M-mas a Senhora Bieber, disse... - ele meio que gaguejou.

- Não me interessa o que a Cheyenne disse. Eu que mando nessa merda, agora deixa a garota entrar... - desliguei o interfone, antes que o imbecil falasse mais alguma coisa.

Levou alguns minutos até a Seu nome chegar, até porque, o caminho é longo do portão até aqui. Espiei pela janela e a vi subindo as escandas e logo a campainha tocou, fui até a porta e a abri.

- Oi...

- SEU IDIOTA. - ela berrou e arregalei os olhos. - VOCÊ TEM MERDA NA CABEÇA? - ela começou a me estapear, feito louca. - VOCÊ BATEU NO MEU PAI, FILHO DA MÃE. - senti meu rosto queimar e o meu corte arder.

Ela me acertou um tapa no rosto.
________

Continua?



Obrigada pelos comentários, amei todos... 
Vocês são demaaas.

Do que Charles e Justin estavam se referindo? o.O
Me contem ai nos comentários, please?

Hei, como estão?
Demorei? 
Me desculpem pelo capitulo curto, mas foi necessário. U.U
Espero que gostem!
Já vou, fiquem com Deus... 

#Fê

5 de set. de 2016

Never Meant To Fall In Love - Capitulo 20.

Ignorem os erros... Boa Leitura. :)


Cheyenne P.O.V

A vida é tão engraçada, até mesmo estranha na maioria das vezes... E o segredo, para ser pelo menos um pouco feliz, é não levar tudo tão a sério. Fingir não se importar com algo, em alguns momentos, sempre dá certo... 
Como o meu presente, tenho um filho que não gerei em meu ventre, mas o criei e o amei, como se fosse meu e até hoje é assim. 
Lembro perfeitamente da noite que Justin, chegou com Christopher, recém nascido em seus braços. Jogando em cima de mim toda responsabilidade de cuidar de um bebê, sem prévias, sem ao menos me explicar, que tudo aquilo estava acontecendo por causa de suas traições e mancadas. 


- Cheyenne, caralho... - ele dizia estressado. - Faz esse moleque, calar a boca.

- Ele é um bebê e teu filho, imbecil.

- Não me interessa, o choro dele é irritante.

 - Traga a mãe dele e ele calará a boca, seu idiota. - falei brava, enquanto acalmava Christopher em meus braços.

- Você é a mãe agora, então faça o seu papel. - ele me xingou e saiu do quarto batendo a porta.

Eu odeio a minha vida.

- Calma amor, vai ficar tudo bem. - dizia enquanto acariciava a nuca de Christopher.

Nunca fiquei sabendo o paradeiro da mãe de Christopher, Justin nunca disse e talvez nunca diga, não pra mim. Justin... Sempre assim, tão imprevisível, ignorante e burro como uma porta. Sempre me traindo, jogando na minha cara, o quanto nunca fui boa o bastante como esposa. Mas ele nunca pesa o fato de que sempre matei no peito, cada traição. E que não foram duas, nem três, foram várias. Varias as vezes que cheguei em casa, dando de cara com alguma fulana, transando com ele, em cima da nossa cama. Varias as vezes que chorei sozinha, ao ouvi-lo falar coisas lindas a elas em ligações, até mesmo lendo algumas mensagens.
E eu sempre quis entender o porque de cada traição, mas cansei de procurar os motivos em mim. Talvez não seja eu a culpada, mas dói ter que suportar tudo. Suportar esse jeito de viver ao lado dele, amando ele.
Mas nem todos os dias foram tristezas, já sorri muitas vezes com ele, por coisas idiotas...

- Sra, Bieber... - ouvi umas das empregadas, bater na porta do meu quarto. - Senhora?

- O que é, Emma? - perguntei estressada, afinal eram duas da manhã. - Você viu que horas são? Cacete, cadê a porra do meu chinelo? - me levantei louca de raiva.

- Me perdoe... - abri a porta dando de cara com ela. 

- Fala logo, porra. - disse rude.

- É que o Sr, Bieber... - ela parecia procurar as palavras certas.

- O que tem esse imbecil? Fala logo.

- Ele esta jogado na porta, Senhora. - bufei e sai do quarto. - Acho que ele esta morto.

- Cala boca, garota. - falei enquanto andava até as escadas. - Não fala bobagem.

Desci até sala, com Emma tagarelando feito uma matraca, peguei as chaves da porta e destranquei a mesma. E não é que o imbecil, estava jogado em frente a porta?

- Justin... - o chamei e o ouvi resmungar. - Justin.

- Sai daqui. - ele falou meio embolado.

- Acorda seu idiota, ou vou te deixar aqui na rua. - falei estressada e me agachei.

- Me deixa, porra. - ele disse e aquele cheiro de álcool tomou conta do meu rosto.

- Puta que pariu, Justin. - reclamei e abanei meu rosto.

- Sai, cacete. - ele me empurrou.

- Então durma na rua. - me levantei e ele segurou meu braço.

- Me ajuda a levantar, caralho. - revirei os olhos e o ajudei.

Ele colocou um braço em volta do meu ombro, abracei sua cintura e entramos, Emma fechou a porta e o ajudei a subir as escadas.

- Se enfiou na garrafa seu doente. - falei enquanto subíamos as escadas, ele riu.

- Vai se foder, Cheyenne. - dei risada.

- Ridiculo. - disse rindo.

Cheguei no quarto e o coloquei sentado na cama e fui até o banheiro, liguei o chuveiro e voltei ao quarto, Justin me encarou.

- Hei, porque diabos esta só de calcinha? - ele perguntou tropeçando nas palavras.

- Porque eu estava dormindo e tive que me levantar, pra pegar você na porta.

- E porque não vestiu algo?

- Você se importa? - perguntei.

- Acho lindo, quando fica desfilando de calcinha pela casa. - ele disse bravo.

- Não vou discutir isso com você, você faz tantas coisas lindas também... - ironizei.

Ele deu de ombros e começou a tirar a camiseta, que alias de branca, estava marrom de sujeira. O ajudei a tirar os supras, desabotoar as calças e o levei até o banheiro, baixei a sua cueca e o coloquei dentro do box, o deixando ali.

- Cheyenne... - ouvi ele chamar, enquanto eu entrava no closet. - Cheyenne, caralho.

Voltei ao banheiro.

- O que você quer?

- Que tome banho comigo. - ele disse de olhos fechados.

- Já tomei banho, anda logo com isso. - disse e sai do banheiro.

Peguei uma cueca pra ele no closet, deixei em cima da cama e o ouvi desligar o chuveiro, logo saiu todo molhado de dentro do banheiro, segurando uma toalha.

- Justin, esta molhando todo o quarto... - o olhei perplexa.

- E dai? Não gostou, seca. - ele disse simples.

- Não sou a tua empregada. 

- Que bom, porque nesse momento estaria no olho da rua. - ele disse e deu risada.

- Era pra rir? - perguntei séria.

- E lá você tem senso de humor, Cheyenne?

- E você tem, idiota?

Ele não respondeu e terminou de se enxugar, vestiu a boxer e jogou a toalha no chão. Me deitei e ele fez o mesmo, me virei, ficando de bunda pra ele e o ouvi grunhir.

- Cheyenne, caralho. - revirei os olhos.

- Que, porra? 

- Queria te foder, mas estou tão tonto, que não vou conseguir ficar de pau duro. - ele lamentou.

Não consegui segurar e soltei uma risada, o olhei e ele estava rindo. Ele beijou meu pescoço e me abraçou, dormimos de conchinha.

E sorri por outras, que até hoje marcam a minha alma.

- Fala 'papai', Christopher. - Justin insistia, enquanto Chris brincava sentado em cima de sua barriga. - Fala, Pa-pai...

- Ele vai falar quando estiver pronto, Justin. - falei olhando para o notebook.

- Cala a boca, Cheyenne. - ele disse. - Fala filho, pra sua mãe calar essa bocona dela. Pa-pai...

Christopher o olhava e ria, mostrando aqueles dentinhos lindos.

- Para de pressionar o garoto, Justin.

- Não se mete, caralho... - ele disse bravo. - Continua fazendo as tuas coisas e me deixa.

- Idiota.

-Fala filho... Pa-pai.

- Mama. - ouvi Christopher e arregalei os olhos, o olhei.

- Ele falou mamãe? - Justin tinha um sorriso maravilhoso nos lábios.

- Ele falou mama e não mamãe. - ele disse rindo.

- Não, ele disse mama, significa mamãe na linguá dos bebês, seu idiota. - ele soltou uma risada gostosa.

- Lá você entende a linguá dos bebês, Cheyenne. - Justin disse divertido.

- Não interessa, me dá ele aqui. - pedi.

- Não.

- Christopher, fala ma-mãe. - disse.

- Não fala, filho. - Justin implicou rindo.

- Não dá bola para o imbecil do seu pai, amor... - disse e Justin riu mais.

- Você disse que não era pra mim pressioná-lo, agora quer que o garoto fale mamãe.

- É diferente. - ele franziu o cenho. - Ah, cala a boca.

Ele deu risada.

- Fala pa-pai, Chris.

- Não fala, bebê. - provoquei e Justin riu fazendo Christopher soltar uma gargalhada.

Rimos dele.

- Papai... - Justin disse a ele.

- Papa. - Christopher disse e Justin arregalou os olhos.

- Você ouviu? Ele disse papai... - Justin ria.

- É papa de comida e não de papai. - provoquei.

- Claro que não invejosa, ele disse papai. - ri dele. - Fala de novo filho, papai...

- Fala filho, papai idiota. - disse.

E Justin deu risada.

- Cala a boca, Cheyenne. - dei risada.

- Papa. - Christopher repetiu.

- Viu, ele disse de novo. - Justin quase berrou.

Ri deles.

Era lindo ver como Justin era, quando estávamos juntos, em família. Mas era horrível, vê-lo em seus momento particulares. As vezes, só queria entender o que se passava na cabeça de Justin, queria entender o que fiz...

- Onde estava? São quatro horas da manhã, Justin.

- E porque não esta dormindo? - ele perguntou e jogou a chave na mesinha.

- Onde estava? - me levantei do sofá e cruzei os braços.

- Esta me regulando? Não te devo satisfações. - ele disse firme e saiu.

- Então, eu também não preciso te dar satisfações?

- Vai pro inferno, Cheyenne. - ouvi ele dizer das escadas.

Ele me tratava como queria, exigia coisas de mim, que nem ele era capaz de me dar.

- Que roupa é essa? - ele perguntou logo que entrou no quarto.

- O que tem? Normal! - dei de ombros e continuei escovando meu cabelos.

- Vai assim na casa do Khalil? - assenti o olhando pelo espelho. - Negativo.

- Negativo, porque?

- Porque você não vai com esse micro-shorts. - ele disse entrando no banheiro.

- Deixa de ser trouxa, eu vou estar com você...

- Não me interessa, se eu falei que não, é não. - ele disse firme saindo do banheiro.

- Jura... Vai sonhando. - falei baixo.

- Não começa a testar a minha paciência com você. - o olhei. - Vai trocar de roupa de uma vez. - mandou.

- Desde quando, se importa com as roupas que visto?

- Desde quando você é minha mulher.

- Ah, agora eu sou a tua mulher? 

- Não começa, Cheyenne. - ele disse rindo nervoso.

- Toquei na ferida? - provoquei.

- Se não parar de torrar o meu saco, eu vou tocar é na sua cara. - ele disse bravo.

Engoli a seco e fui me trocar.

Sempre fui forte, minha mãe sempre me ensinou a engolir as coisas desagradáveis, a engolir o choro, ela me ensinou a ter o gênio forte. Hoje quando lembro desses ensinamentos, é como se minha mãe soubesse que eu me casaria, com alguém que me faria sofrer ao extremo. Porque já sofri muitas noites calada, já engoli o choro muitas e muitas vezes...

- E o que aconteceu ontem com a Seu nome? - ouvi Khalil perguntar.

- Preciso dizer? - Justin parecia rir.

- E ela era mesmo virgem? - Khalil perguntou.

- Era... Agora não é mais. - Os dois riram.

- Caralho...

- Estourei ela na cozinha em cima do balcão, enquanto vocês fumavam maconha na sala. - Justin disse e soltou um gargalhada.

Senti as lágrimas rolarem em meu rosto, enquanto os dois riam.

Mas quando não conseguia mais engoli-lo, desabava feito criança. Me trancava em algum quarto por vários dias, sem querer vê-lo. Mas depois, me dava por conta, que ele não merecia nenhuma lágrima, levantava, colocava uma roupa sexy, fazia aquela maquiagem e ia me socar no shopping, estourar os cartões de crédito dele. Era libertador!
Libertador até a parte, que eu tinha que encará-lo novamente. E o que mais me machucava era ouvi-lo mentir, mentir e mentir...

- Seu nome, me atende. - ele estava falando ao celular.

Quando me viu desligou o mesmo.

- Quem é Seu nome? - perguntei.

- Porque quer saber?

- Porque sou a tua mulher e tenho o direito de saber? - respondi o questionando.

- Uma amiga. - ele disse e ligou a televisão.

- Uma amiga que você fode? - ele me olhou.

- Dá onde tirou isso?

- Ouvi por ai.

- Acho melhor lavar melhor os ouvidos, pois esta ouvindo mal.

- Eu não sou boba, Justin. - ele me encarou novamente. - Você está com alguém.

- Quem disse?

- Os teus olhos. - ele travou o maxilar. - Seu rosto, os teus gestos... Eu te conheço, sei quando as coisas estão acontecendo com você, não é a toa, que estamos casados a doze anos.

Fiquei o olhando por alguns instantes, enquanto ele processava tudo.

- Não fala bobagem, caralho.

- Se é bobagem como diz, porque demorou tanto pra me responder?

Ele ficou me olhando sem dizer nada, então virei as minhas costas e sai dali subi até o quarto. Peguei alguns documentos, coloquei em minha bolsa, algumas roupas dentro de uma pequena mala.

- Que porra, pensa que esta fazendo? - ele perguntou entrando no quarto.

- O que deveria ter feito a muito tempo. - o olhei. - Estou indo embora.

Fechei a mala.

- Tá louca? Claro que não vai embora. - ele disse nervoso.

- Eu cansei, cansei da parte de ser a tua segunda opção. Cansei de demonstrar que eu estou aqui, que amo você e não receber retorno.

- Não fala merda, Cheyenne.

- É porque você não sente, é porque não sou que traio você... - senti a lágrima rolar.

- Quem disse que eu te traio, caralho?

- Pattie e já ouvi você algumas vezes. - tirei a mala de cima da cama. - Não precisa me explicar nada.

Comecei a andar até a porta.

- Hei, volta aqui. - o olhei.

- Esta livre Justin, livre pra fazer o que bem entender da tua vida. - disse com lágrimas nos olhos e sai dali.

Foi a primeira vez que sai de casa, a primeira vez que tive coragem de deixa-lo. Fiquei alguns dias na casa de uma amiga, Christopher quis ficar com Justin, não me opus, pois Christopher sempre foi louco por Justin. E Justin sempre o tratando rigorosamente, dava até pena de ver Christopher chorando depois que Justin o batia, nunca consegui interferir...

- Solta ele, Justin. - dizia segurando o Justin. 

 Christopher chorava, se encolhendo na cama..

- SAI, CHEYENNE. - Justin berrava. - OU VAI SOBRAR PRA VOCÊ TAMBÉM.

- Deixa ele, ou vou chamar a policia, seu imbecil. 

- Chama. - ele agarrou meu maxilar com força. - Chama, porque depois vou ter que chamar a ambulância pra você.

Eu odiava a parte de ver o meu filho, ter que passar por isso. Mas Justin fazia questão de passar na minha cara, que Christopher nunca foi meu filho. Todos sabíamos disso, mas me doía ouvir, pois o amo como se tivesse saído de mim. Justin esquecia que eu tinha sentimentos, apesar de aprender com ele, a quase nunca demonstrar. Mas as vezes, eu mostrava que não era de ferro...

Entrei no quarto e dei de cara com uma garota, ela estava sentada em uma poltrona, ao lado da cama de Justin, enquanto Justin dormia em um sono profundo. Depois de um episódio de tentar se matar, nem isso o imbecil consegue fazer.

Cruzei os braços e pigarreei, ela levantou a cabeça assustada.

- Quem te deixou entrar? - Ela se levantou da poltrona em um instante.


- B-bom, eu...


- Você o que?


- Eu entrei, o vi caído no chão e...


- E ? E o que isso tem haver, com a pergunta que eu te fiz?


- E-eu...


- Cai fora, agora.


Fui até a porta e fiz sinal para os dois seguranças, eles vieram até mim.


- Acompanhem essa garota até a porta. - ela me olhava amedrontada.


- Sim, senhora. Senhorita, Johnson? - o segurança a chamou.


A tal Johnson se aproximou de Justin, para beijar seu rosto e a puxei pela touca de seu casaco, ela arregalou os olhos.


- Tira essas mãos de mim, porra. - Johnson disse e me empurrou.

- Você não ouviu o que eu disse? Cai fora. - a empurrei com força e a mesma caiu no chão. - Achou mesmo, que eu ia deixar você dar beijinho no meu marido? - ri sem humor.


- É por isso que ele te odeia.

- Ai que você se engana queridinha, ops. - coloquei a mão na boca. - Falei demais.

Os seguranças a ajudaram a levantar e ela encheu os olhos de lágrimas me olhando.


- Tirem ela daqui, agora. - ordenei e eles saíram levando ela.


- Cheyenne, papai não vai gostar disso. - Christopher disse entrando no quarto.


- Lá eu me importo, com o que seu pai gosta, ou não? - dei de ombros. - Me ajuda a dar banho nele?


- Claro. - ele disse.


Christopher o despia, enquanto eu enchia a banheira. Com muita dificuldade o colocamos na mesma, me despi, ficando apenas de lingerie e entrei junto. Christopher o segurava, para que eu me posicionasse atrás dele. 


- Vou deixar a porta aberta. - Chris disse. - Me dá um grito, que venho te ajudar a coloca-lo na cama. - assenti e ele saiu.


Peguei a esponja, coloquei um pouco de sabonete liquido e comecei a passar no peito de Justin, ele não dava nem um sinal de que iria acordar, isso me doía muito e me fazia chorar... 


Eu só queria achar uma forma de esquece-lo, de conseguir viver sem vê-lo, sem ouvi-lo, queria apenas conseguir sobreviver. Discutimos muito depois que ele acordou, pois expulsei aquela garota da minha casa, ou melhor da casa dele, como faz questão de dizer. 
Eu estou cansada de estar sempre aqui, de estar sempre esperando por ele...

- Cheyenne... - ouvi Justin chamar.

- Estou aqui. - falei entrando no escritório.

- Pensei que fosse vir ontem a noite. - ele disse e levantou da cadeira.

- Porque?

- Porque fiquei te esperando. - ele se escorou na mesa, cruzei os braços.

- Você deixou bem claro, que estamos separados, não tinha o porque vir. - ele bufou.

- Eu sinto a tua falta... - ele disse baixo.

- Porque você faz isso?

- Isso o que? Falar o que sinto?

- Não seu idiota, você me faz de boba, acha que sou trouxa? - ele riu fraco.

- Eu não acho nada. - bufei.

- O que é, Cheyenne?

- Você dorme comigo e depois sai atrás dela.

- Atrás de quem, caralho? Eu não estou com ninguém. - ele parecia sincero.

Mas ele mente.

- Se não esta, porque a defendeu tanto? Me ameaçou, caso eu batesse nela.

- Eu estava estressado, acabei falando merda. - se explicou.

- Eu não acredito.

- Então, vai se foder. - me xingou.

- Ok, vou lá... - virei as costas e fui saindo.

- Cheyenne, caralho... - sorri, adoro quando ele esta irritado. - Volta aqui.

- O que é? - revirei os olhos.

- Estou chamando aqui. - bufei e me aproximei dele.

Ele agarrou minha cintura rapidamente, fazendo meu corpo se chocar com o dele.

- Esta me apertando. - reclamei e ele sorriu, me apertando mais.

- Não vai me fazer implorar, vai? - não consegui segurar o riso.

- Fala...

- Eu te amo. - ele disse me olhando sério.

- Pede.

- Me beija... - ele sussurrou, com aquela voz rouca de inundar calcinhas.

Olhou para minha boca e assim fiz, o beijei.

________________
Continua?



Cheyenne, Cheyenne...



Oi baby's, como estão?
Então, o que acharam do capitulo?
Queria fazer desse o ultimo, mas já tinha em mente passar pra vocês o que Cheyenne pensa. Talvez o próximo seja o fim. :(
Queria agradecer aos comentários, amei todos... Obrigada! <3
Vocês são demais. ;)
Fiquem com Deus!

#Fê