7 de abr. de 2016

Never Meant To Fall In Love. - Capitulo 12.

Tenham uma Ótima Leitura...


"Um Mês Depois."

JUSTIN P.O.V

As coisas estão acontecendo tão depressa, que sinto medo das consequências se para-las.

Eu precisava entender o que tinha acontecido, eu precisava de um tempo pra poder me entender, para entender o que eu estava fazendo. Porra!
Sentia raiva, vontade de sair sem rumo, abandonar tudo na minha volta e esquecer de viver.

- Pai. - Olhei para Christopher, ele estava parado na porta do quarto me olhando. - O jantar está pronto e a Vovó chegou.

Assenti e ele saiu. Me levantei e bufei, eu não sabia ao certo o que pensar, mas a certeza de que precisava dela, martelava na minha cabeça. Me sentia culpado por ter mentido, me sentia um lixo, por ter deixado ela ir. Não consigo esquecer do dia que Seu nome descobriu da existência de Christopher, por sinal meu filho. Aquela lembrança não saia da minha mente.

- Por favor, Justin. - Ela disse chorando. - Me deixa ir. - ela parecia triste. 

Era estranha aquela reação, esperava que ela fosse que nem Cheyenne, escandalosa!

- Me perdoa, eu posso explicar... - a olhei e ela negou com a cabeça.

- Não quero ouvir, me de a chave da porta, por favor. - ela pediu limpando as lágrimas.

Eu a tinha trancado no meu quarto, na casa de Jeremy.

- Me deixa pelo menos explicar. - pedi novamente. 

Sentia um nó na garganta, sentia vontade de chorar ao vê-la chorando daquele jeito.

- Eu já entendi que você tem uma família, Justin. - ela disse me encarando.

- Isso não muda o que eu sinto, porra. - disse bravo.

- Mas muda o que eu sinto, você não me contou nada... - ela disse perplexa..

Cocei a cabeça nervoso.

- Eu tive medo, porra. Eu tive... - respirei fundo. - Me desculpa. - ela me olhou.

Ela estendeu a mão e a fiquei olhando com olhar de suplica, mas ela nada fez. Tirei do bolso da bermuda a chave da porta e a entreguei. Ela caminhou até a mesma a destrancando, a abriu e me olhou.

- Por favor, não me procura mais. - as lágrimas rolaram em seu rosto. 

- Não faz isso comigo, Seu nome. - eu sentia medo.

- Eu te amo, mas não vou destruir a tua família, Justin. - senti vontade de gritar, quando ela fechou a porta.

Desde aquele dia não a vi mais, liguei algumas vezes, mas ela bloqueou o meu numero, pelo menos foi o que a Jazmyn me disse. Então resolvi respeita-la, vou ficar longe, matando no peito a porra da saudade, que não era pouca.
 Caralho, Seu nome! Estou ficando louco.

- Filho. - ouvi minha mãe dizer assim que eu descia as escadas.

Caminhei até ela e a abracei.

- Como está, mãe? - perguntei.

- Estou ótima e você? - me sentei no sofá e ela sentou-se ao meu lado.

- Normal. - disse e respirei fundo.

- E Cheyenne? Não a vi quando cheguei. - ela perguntou simpática.

- Ela tinha ido no shopping, daqui a pouco esta por ai. - molhei meus lábios com a linguá.

- Justin, eu queria te perguntar uma coisa, sei que não devo, mas...

- Pergunta logo. - disse sem rodeios.

- E aquela mocinha, que você nos apresentou na véspera de natal? Não lembro o nome dela... - ela disse parecendo pensar.

- Seu nome! - disse olhando para minhas mãos.

- Isso, ela mesma. - a olhei. - O que aconteceu? Terminaram?

- É o que parece. 

- Vocês pareciam tão apaixonados. - revirei os olhos. - Mas acho bom que tenha acabado, ah que eu pegue você fazendo as meninas de bobas. - ela se levantou a segui com o olhar. 

- Mãe, só lembrando que eu que sei da minha vida. - disse seco.

- Não te perguntei. - ela disse estúpida. - Venha jantar. - ordenou.

- Vai ficar quanto tempo? - me levantei.

Ela entendeu, que eu não a queria ali, se metendo na minha vida, como sempre faz.

- O tempo que eu quiser. - ela disse brava.

Bufei e entrei na sala de jantar.

[...]

Acordei e olhei para o meu lado direito, Cheyenne ainda dormia, me levantei e fui até o banheiro, lavei o rosto, fiz a barba e tomei um banho. Sai do banheiro enrolando uma toalha na cintura. Cheyenne estava sentada na cama a olhei e ela sorriu.

- Bom dia. - ela disse com a voz manhosa.

- Bom dia. - disse sério.

- Vai sair? - assenti pegando o pente, para arrumar o meu cabelo. - Onde?

- Vou na casa do meu pai. - respondi sem olha-la.

- Vou com você. - a olhei.

- Pra quê? Toda vez que vai, acaba falando demais. - ela franziu a testa.

- Se não quer me levar é só dizer, não fica inventando merda. - ela se levantou.

- Devo admitir que você é esperta. - debochei.

- Vai a merda! - ela disse passando por mim, entrando no banheiro. - Mas fique sabendo que vou igual, você querendo ou não.

Bufei e entrei no closet, vesti uma boxer, uma bermuda azul e uma camiseta branca, calcei meus tênis branco e sai do closet, Cheyenne saiu do banheiro, enrolada na toalha.

- Se demorar eu te deixo. - disse e abri a porta.

- Eu não fiquei te apressado, Justin.

- Eu não te convidei pra ir junto, então anda logo. - ela bufou me olhando, sai do quarto.

Desci as escadas e Christopher estava jogado no sofá, assistindo televisão, olhei no meu relógio, o mesmo marcava dez e meia, que porra é essa?.

- Hei. - ele me olhou. - Porque você não esta na escola? - perguntei sério.

Peguei o controle e desliguei a televisão.

- Mamãe disse que eu poderia faltar hoje. - ele se sentou no sofá.

- Está doente? - ele negou com a cabeça. - Está nevando? 

Ele olhou para a janela e estava apenas nublado.

- Não? - ele perguntou como se fosse óbvio.

E era óbvio, nem no inverno estamos.

- Então porque diabos, você não foi para a aula hoje, moleque? - disse bravo.

Ele se encolheu no sofá.

- Estava com preguiça, então pedi pra ficar em casa hoje. - ele disse sem jeito.

- Preguiça, cara? Você sabia que eu pago, a porra daquela escola?

- Você esta sempre falando isso. - ele parecia chateado.

- Estou sempre falando e você sempre faltando, que maravilha. - ironizei.

- Foi só hoje, pai.

- Não importa, semana passada você não foi. Vocês estão achando, que o meu dinheiro dá em arvore? - me referia a Cheyenne que vive torrando o meu dinheiro.

- Tá... Desculpa. - ele pediu sem me olhar.

- Espero que não tenha mais preguiça, se não vamos conversar mais de perto. - ele me olhou.

- Tudo bem. - ele foi saindo.

Vi Cheyenne descendo as escadas, ela beijou Christopher na bochecha.

- Onde vocês vão? - ele  perguntou.

- No seu avó, quer vir? - Cheyenne perguntou.

- Quero. 

- Querer não é poder e não vai. - disse sem olha-los, pegando as chaves do carro.

- Porque? - ele perguntou descendo as escadas.

- Porque esta de castigo. - o olhei.

- Castigo? Posso saber porque? - Cheyenne perguntou franzindo o cenho.

- Pergunta pra ele. - disse.

- Ah, qual é pai? - ele ficou na minha frente. - Eu já pedi desculpas.

- Ok, mas esta de castigo. - respondi.

- Podem me explicar o que esta acontecendo? - Cheyenne perguntou.

- Estou de castigo porque faltei hoje. - Christopher disse sem animo, indo para as escadas.

- Sério, Justin?

- Estou rindo por algum acaso? - perguntei seco.

- Mas eu o deixei faltar hoje.

- E dai? Não pago a porra da escola pro moleque ficar em casa, Cheyenne. - disse irritado.

- Mas foi só hoje, pai.

- Semana passada também, ou já se esqueceu? Esta de castigo e se continuar trovando comigo, vai ficar um mês. - ele bateu o pé, bufando e subiu as escadas.

Caminhei até a garagem, ouvi o barulho dos saltos de Cheyenne atrás de mim.

- Isso é ridículo, Justin. - destravei o carro e a olhei. - Não precisava ter posto ele de castigo, eu o deixei faltar.

- Vai continuar torrando o meu saco? -perguntei bravo.

Ela bufou e abriu a porta do carro, entrando.

**

Chegamos na casa de Jeremy, Cheyenne quis tomar café, então foi direto para a sala de estar e eu fiquei conversando com Jeremy, na sala.

- E você vai dar férias pra todos? - Perguntei surpreso.

Ele nunca fazia isso, nunca fechava a empresa por esse motivo.

- Bom, um mês de descanso, não nos matará. - Jeremy disse relaxando seu corpo no sofá.

 Cocei o queixo, pensativo.

- O que pretende? Viajar?

- Viajar pra onde? - Jazmyn perguntou entrando na sala.

 Ela veio até mim e beijou minha bochecha, logo atrás dela estava Cheyenne e Jaxon.

- Estamos conversando sobre as nossas férias. - Jeremy respondeu.

- Férias? - Jazzy bateu palminhas, que ridículo. - Quantos dias?

Ri pelo nariz, ela se sentou ao lado de Jeremy e Cheyenne ao meu lado.

- Um mês. - respondi.

- Bastante tempo. - Cheyenne se manifestou. - Pra vocês que não tiram férias.

- Vai deixar a empresa nas mãos de quem, todo esse tempo pai? - Jaxon perguntou.

- Com  Justin, não? - Jazzy perguntou o óbvio.

Jeremy sempre saia de férias e deixava a empresa sob meus cuidados.

- Também sou filho de Deus. - respondi.

- Você nunca tira férias com o teu pai. - Cheyenne disse.

- Mas desta vez a empresa fechará e reabrirá depois de trinta dias. - Jeremy disse.

- Sério? - Jaxon perguntou me olhando e eu assenti.

- Então qual é o plano? - Jazmyn perguntou. - Pra onde vamos?

- Bom... Eu não sei vocês, mas Chris quer muito ir para Disney. - Cheyenne disse.

- Ele estuda, Cheyenne. - falei a olhando sério.

- E dai, peço uma licença de trinta dias e viajamos. - ela disse simples.

- Negativo. - disse a corteando. - Tá achando que é festa? - perguntei e ela bufou brava.

- Falando no Chris, cadê o garoto? - Jazzy perguntou.

- Esta em casa, Justin não deixou ele vir. - a olhei fuzilando.

- Não pensei na Disney, pensei em alugar uma fazenda no interior, longe de tudo isso. - Jeremy disse ignorando a cena.

- Boa pai, saudade dos campos, de andar a cavalo. - Jaxon disse.

- E as cachoeiras? - Jazzy perguntou sorrindo.

- Eu não gosto. - Cheyenne disse.

- Então o que acha, Justin. - Jeremy perguntou a ignorando.

- Não sei pai, você quem sabe. - dei de ombros.

- Então você não vai? - Jazzy perguntou.

- Ainda não sei, vou pensar. - dei de ombros.

- Bom se resolver aceitar, esta convidado. - assenti.

- Ai, não acredito que vamos viajar. - Jazzy disse feliz.

Ri pelo nariz a observando.

**

Almoçamos na casa de Jeremy, logo depois Cheyenne quis ir embora, para ver como estava Christopher, ela trata aquele moleque que nem um bebê, isso me deixa furioso. Discutimos porque eu não quis levar ela até a mansão e ela saiu gritando escandalosamente, me chamando de idiota, imbecil e blá blá blá. Foda-se!

Fiquei jogado no sofá da sala, assistindo jogo de hóquei com Jaxon e conversando coisas aleatórias. Depois de algum tempo a campainha tocou e ouvi alguém abrir a porta, acho que a empregada.

- Fala ai, vacilão. - Reconheci a voz de Khalil.

 Olhei pra trás e vi Khalil e Za caminhando até a sala.

- E ai veados, o que fazem aqui? - fizemos um toque.

- Só passando. - Khalil disse.

- E ai, moleque. - Za cumprimentou Jaxon, que fez um sinal de certinho pra ele.

- Pensei te ver na empresa, hoje. - Khalil disse se jogando no sofá.

- Eu ia, mas o meu pai me chamou aqui.

- Sobre as férias e tal, não é? - assenti. - Jazzy me convidou pra ir junto.

- Você vai? - Jaxon perguntou.

- Achei uma boa, vamos Bro? - Khalil perguntou.

- Sei lá, estou pensando ainda.

- Bom já que ninguém me convida, eu me sinto convidado. - Za disse e eu ri.

- Se quiser pode ir, mas eu ainda estou na duvida.

- É bicha, mesmo. - Za disse.

- Porque não te comi ainda, cuzão. - Khalil gargalhou.

- E nem vai, ta louco? - Za disse.

Ficamos conversado e assistindo o jogo, Za se levantou indo até a cozinha, ele não parava de dizer que estava com fome. Morto de fome!
Vi Jazzy descendo as escadas falando no celular, ela tagarelava, mas eu não prestei atenção com quem falava, ela desligou nos olhando.

- Khalil. - Jazzy disse sorridente, ele se levantou e a beijou o rosto.

- E ai, gata. - ela sorriu.

- Quem era no celular? - perguntei por perguntar mesmo.

- Seu nome. - ela disse e senti um calafrio, ela se sentou ao meu lado. - Porque?

- Por nada. - disse olhando para a televisão e todos ficaram quietos. - Como ela está?

- Que pergunta idiota. - Jaxon resmungou, o olhei.

- Fica na sua, moleque. - disse.

- Bom... Acho que normal. - Jazzy falou. - Sei lá, ela não fica choramingando pra mim.

- Ela pergunta sobre o vacilão? - Khalil perguntou.

- Porque isso te interessa? - perguntei o olhando.

- Porque isso te interessa! - ele afirmou. - Sei que é orgulhoso e não irá perguntar. - dei de ombros.

- Ela pergunta sim. - Jazzy disse, a olhei rapidamente. - As vezes quer saber como você esta.

 Khalil soltou uma gargalhada.

- Que idiotice. - Jaxon disse e se levantou.

- Qual é, porra? - perguntei para Jaxon chutando a canela dele, enquanto passava por mim.

- Nada, só você que é um otário. - Ele disse firme. - Quando acha alguém descente, que realmente esta com você, pelo que é e não pelo que tem. - ele fez sinal de dinheiro com os dedos. - Você menti e faz o caralho a quatro com a garota, depois fica que nem uma bicha, esperando qualquer sinal dela.

Ele cuspiu cada palavra e saiu, tentei argumentar mas não consegui dizer nada, me vi impotente diante de tantas verdades, realmente fiz o caralho a quatro com ela, sou um otário mesmo.

- Jaxon pegou pesado. - Za disse de pé, atrás do sofá que eu estava.

- E eu achava que ele nem sabia, desses lances de sentimento. - Jazzy disse.

Za soltou uma risada.

- Você sabe, que ele só disse a verdade, não sabe? - Khalil me perguntou.

- Porque vocês não vão se foder? - perguntei me levantando. - Não... Façam melhor, vão pra puta que pariu. - disse e sai dali batendo a porta.

**

Voltei pra minha casa, pensando em tudo que Jaxon havia dito, ele parecia um pouco incomodado com aquela situação, qual é o problema daquele moleque? Cacete!

Entrei em casa e minha mãe estava sentada ao lado de Cheyenne, elas tagarelavam alguma coisa, nem prestei atenção. Passei direto por elas, indo para o meu escritório, adentrei no mesmo, fechando a porta logo em seguida. 
Me sentei na minha cadeira, tirei o celular do bolso e coloquei sob a mesa, abri uma das gavetas da mesma, tirando de dentro dela uma caixa, onde continha maconha e seda, abri a caixa pegado um cigarro de maconha já pronto.
Levei o cigarro até a boca, pegando o meu esqueiro e o ascendendo em seguida, tragando.  Soltei a fumaça e o traguei novamente, já podia sentir o meu corpo relaxar. Só assim eu conseguiria pensar direito e ter alguma coragem para enfrenta-la.

**

O relógio marcava 08:35 p.m, já tinha fumado dois cigarros de maconha e nada da porra da coragem tomar conta de mim, não conseguia ligar para Seu nome, eu estava com medo de que o meu numero ainda estivesse bloqueado no celular dela, eu tinha medo. É... Eu estava com medo e isso me deixava nervoso.
Me levantei e fui até a cozinha, comi qualquer porcaria da geladeira, passei pela sala e Christopher estava mexendo em seu celular, parecia concentrado.

- Eu não tinha dito, que estava de castigo? - ele me olhou assustado.

 Provavelmente estava distraído.

- Pensei que o castigo fosse não poder sair. - franzi o cenho.

- Assim seria muito fácil, até porque esse castigo não rola com você, cara. - falei. - Você sai todos os dias para ir a escola, então não conta. - ele ficou me encarando.

- Qual é o castigo então? - ele se jogou pra trás fitando o teto.

- Duas semanas sem celular e vídeo-game. - ele me olhou rapidamente.

- Qual é pai? Vou ficar fazendo o que até lá? - ele perguntou em tom de reclamação.

- Estudando, nada melhor do que estudar. - disse simples.

- Esta falando sério? - fiquei de frente pra ele o encarando.

- Esta vendo eu rir? - perguntei sério, ele ficou me fitando.

 Estendi a mão, para que ele me entregasse o celular. Ele exitou um pouco, mas acabou colocando o celular na minha mão, desliguei o mesmo e o olhei.

- E que o vídeo-game esteja em cima da minha cama, assim que eu entrar no meu quarto. - ele me olhava emburrado.

Ele não me respondeu nada e se levantou indo para a escada.

- Estou falando com você, Christopher. - disse bravo.

- Eu já ouvi, eu não sou surdo. - ele disse estressado e se virou me olhando.

- Bom saber... Então não me dê as costas, enquanto eu estiver falando com você. - o xinguei.

- O que esta acontecendo aqui? - Cheyenne perguntou, surgindo no alto da escada.

- Nada que te interessa. - a olhei e logo voltei meu olhar para Christopher.

- Estamos entendidos? - ele assentiu e eu sai dali.

Voltando para o meu escritório.
Me sentei ligando o notebook, precisa resolver algumas coisas antes de finalizar qualquer coisa na empresa. Meu celular começou a tocar e vi que o visor revelava Za, atendi.

- E ai, meu querido. - falei assim que atendi.

- Pensei que fosse vir andar de skate hoje, na praça. - ele falou.

- Bah cara, sem vontade alguma, hoje.

- Tranquilo. E quando o seu pai vai viajar? Estou ansioso. - ri fraco.

- Semana que vem.

- E você vai? Já decidiu? - ele perguntou.

- Vou sim, vai ser legal me desligar de tudo, ando estressado pra caralho.

- E Cheyenne? Vai levar ela junto? Tem o Chris também. - ele disse.

- Christopher estuda e Cheyenne não vai, ela não gosta de fazenda, muito menos de ficar longe do moleque.

- Ah... Que bom cara. - ele parecia aliviado. - Porque ela é um porre.

Soltei uma gargalhada, sabia que eles não gostavam de Cheyenne, realmente ela era um porre.

- Então, era só isso? Tenho que finalizar algumas coisas da empresa.

- Ah... - ele parecia pensar. - Bom, eu não sei se devo te falar, mas sei lá, somos amigos... - ele estava me enrolando.

- Fala logo, Xavier. - disse estressado.

- Não me chama de Xavier, cacete. - ele disse bravo.

- Fala logo, caralho. - disse impaciente.

- 'Seu nome' estava aqui, a pouco tempo. - relaxei meu corpo na cadeira. - Derek estava com ela e eles parecia bem próximos. - senti um cala-frio.

Me ajeitei na cadeira, mantendo a postura reta novamente.

- Como assim, pareciam bem próximos? - senti a raiva dominar meu corpo.

- Sei lá cara, vi ele envolver a cintura dela algumas vezes e não a vi rejeita-lo. - fechei meus olhos com força, imaginando a cena. - Foi mal te falar isso, mas sei o que rola entre vocês.

- Eu sei cara, obrigado por me falar. - disse.

- Falou, vê se fica tranquilo Bro. - ele disse. - Tchau.

Desliguei e relaxei meu corpo na cadeira novamente, me sentia pronto para socar a cara do Derek e podia sorrir diabólico, imaginando aquele arrombado caindo no chão com a boca sangrando, a raiva não passava e o meu medo só aumentava. 
Eu não ia ficar tranquilo!

[...]

Resolvi arrumar uma mala pequena e seguir viagem com o meu pai, parecia o melhor a se fazer, queria me distrair um pouco e nada melhor do que ficar com a minha família, eles sempre me faziam ficar bem de alguma forma. 
Christopher e Cheyenne ficaram na minha mansão, ela até quis pedir a licença do Christopher para ficar trinta dias na Disney, mas cortei o barato dela, tá achando que tudo é festa. O moleque ficou chateado, porque queria muito conhecer uma fazenda, mas paciência, não pode ficar faltando aulas, não cago dinheiro.

Minha relação com Cheyenne era bem assim, desenrolada. Não era segredo que não a suportava, mas ainda dormíamos juntos pelas aparecias, não sei porque, me pergunto isso todos os dias, me divorciar dela envolvia muito dinheiro, que eu não estava afim de abrir mão, não pra ela. Não pra Cheyenne!

**

Depois de quatro horas de viagem, adentrei na fazenda, estacionando o carro em frente a casa, grande por sinal, já estava noite e podia ouvir as risadas vindo de dentro da casa, assim que sai do carro, pareciam se divertir.
Pode notar alguns seguranças circulando, ouvia o barulho de alguns grilos ecoando, fazia tempo que não sentia aquele cheiro de grama fresca, aquele cheiro de fazenda. 

Tirei a minha mala de dentro do porta malas e segui subindo alguns degraus da varanda. Abri a porta me deparando com uma cena épica, Jeremy, Erin, Jazmyn, Jaxon, Khalil, Za e Ryan, eles jogavam poker valendo dinheiro e não era pouco. Sorri, adorava jogar aquele jogo, era bom demais.
Larguei a mala no chão, ninguém havia percebido a minha presença ali, olhei pro lado e vi alguém sentado no sofá, não consegui ver quem era, pois meu olhar não dava alcance.

- Então, nem me esperaram, filhos da puta. - Falei e pude ver eles se assustarem, me fazendo gargalhar.

- Caralho, quer me matar do coração? - Za disse colocando a mão no peito.

- Bicha. - falei me aproximando e os cumprimentando com um toque. - Ryan meu querido, não sabia que iria vir também, veado.

- Me convidei, querido. - ele disse.

- Normal, Za também se convidou.

- Sou de casa. - Za disse e rimos.

- Oferecidos do caralho. - falei.

Erin riu de mim.

- Olá, meu bem. - Erin disse e a beijei no rosto.

- Como esta? - perguntei a ela.

- Muito bem e você? - sorri.

- Fala ai, pai. - ele bateu na minha mão me cumprimentando.

- Pensei que não fosse vir. - Jeremy disse.

- Estava resolvendo algumas coisas na empresa, por isso me enrolei um pouco. - expliquei.

- Então... Vai vir jogar ou vai ficar trovando? - Khalil se manifestou.

- Vou tomar um banho primeiro, quem esta perdendo?

- Jazzy e Erin. - Jeremy respondeu. - elas são fracas, ruim pra negócio.

- Qual é pai? - Jazzy se manifestou.

Rimos, realmente elas não sabiam jogar como eu e meu pai jogávamos.
Caminhei até a minha mala a pegando.

- Vou tomar um banho e já volto. - falei e indo pra sala avistando as escadas e enfim me deparando com a televisão ligada, mas não tinha ninguém ali assistindo, estranho porque percebi a presença de alguém, logo que entrei na casa. Peguei o controle em cima do sofá e desliguei o aparelho, logo subindo as escadas.

Entrei em todos os quartos ali presente, me deparando com malas em cima das camas, mostrando que o quarto já estava ocupado, bufei e abri a ultima porta, o quarto estava vazio. Pelo menos não tinha nenhuma mala ali, coloquei a minha mala em cima da cama, a abrindo pegando uma cueca e uma bermuda.
Entrei no banheiro me despindo e entrando de baixo do chuveiro, tomei um banho rápido.
Me enrolei na toalha e sai do banheiro.

- Que susto, cacete. - falei alto colocando a mão no peito.

'Seu nome' estava parada, ao lado da cama me olhando, parecia surpresa também.

- Eu que digo, você quer me matar do coração? - ela disse.

- O que esta fazendo aqui? - perguntei pegando a minha cueca de cima da cama. - Pensei que não fosse mais te ver.

- Eu também pensei o mesmo, até ouvir você chegar. - ela falou me olhando.

- Então era você, que estava assistindo televisão?

- Bingo. - ela ironizou.

- Bom... O que você quer? Conversar? Sei lá... - disse meio sem ter o que falar.

- Este quarto é meu. - ela disse com um meio sorriso nos lábios. 

- Claro que não, estava vazio quando entrei.. - respondi simples. - Ao contrários dos outros quartos, as malas estavam em cima das camas.

- Eu guardei as minhas coisas nos roupeiros, é só abrir que você vai ver. - fiquei a olhando.

- Sério isso? - ri fraco.

- Sim. - ela cruzou os braços. - Escolha outro quarto.

- Você não me ouviu? Estão todos ocupados. - expliquei.

- Não é problema meu, dorme com um dos garotos. - ela disse.

- Não vou dormir com macho, ta louca? - falei e ela franziu a testa.

- O que tem isso? São seus amigos, não?

- São, mas não vou dormir com eles. - ela bufou.

- Ok... Então você fica nesse quarto, que eu durmo com a Jazzy. 

- Você quem sabe, não estou te correndo. - falei e tirei a toalha da cintura para poder vestir a cueca.

- Justin. - Seu nome fechou os olhos com as mãos, envergonhada.

- Quê? - perguntei.

- Se vista no banheiro, por favor. - sua voz saia abafada, por estar com as mãos no rosto.

- Que frescura, nada que você não tenha visto. - falei e vesti a bermuda. - Pode olhar.

Ela tirou as mãos do rosto me fitando.

- Vou levar as minhas coisas para o quarto da Jazzy. - ela disse.

- Não precisa levar pra lá, dormi aqui... - me aproximei dela. - Dorme comigo. - ela me olhou e riu fraco.

- Não. - ela disse e saiu do quarto.

**

Acordei com alguém batendo na porta incessantemente, me sentei na cama meio sonolento.

- Quem é, porra? - perguntei estressado.

- Sou eu, pode abrir ? - Reconheci a voz de 'Seu nome'.

Me levantei e em passos lentos fui até a porta e a destranquei, a abrindo.

- O que você quer, caralho? - perguntei bravo, odeio ser acordado.

Ela entrou no quarto, fechei a porta.

- Pegar algumas coisas, posso? - ela disse simples. ignorando o meu mal humor.

- Não podia esperar? 

- Não. - ela disse abrindo o roupeiro, um pouco antigo por sinal.

Entrei no banheiro e lavei o meu rosto, o enxuguei e voltei ao quarto.

- Que tanto você revira essa gaveta? - me sentei na cama.

- Estou pegando um biquíni, vamos ir na cachoeira. - ela disse e pegou o tal biquíni.

- Essa porra não é um tanto que minusculo? - me referia ao biquíni que ela colocou em cima da cama.

- Não se chama porra, se chama biquíni. - ela corrigiu.

- Que seja. - falei. - Porque você o comprou tão pequeno?

- Não foi eu quem comprou, Derek me deu já que eu não tinha nenhum. - ela disse o pegando e entrando no banheiro.

Derek? Senti meus punhos fecharem e meu rosto queimar de raiva. Como eu queria mata-lo, desejava isso e muito. Controlei a minha raiva, não queria explodir a ponto de nem conversar com ela e saber do porque Derek estar em cima..

 'Seu nome' saiu do banheiro, já vestindo o mini biquíni e não pude deixar de come-la com os olhos. Ela estava linda, prendeu os cabelos no alto e logo me fitou.

- O que foi? - ela perguntou.

- Nada. - menti, mas sentia meu pau dar o ar da graça. - Você não vai se vestir?

- Vou vestir apenas o shorts. - ela deu de ombros e começou a passar um tipo de creme em suas pernas.

- Quem vai na cachoeira?

- Todos, menos Erin, Jaxon e seu pai. - franzi o cenho. - Parece que vão andar a cavalo. - ela deu de ombros.

Ela estava um pouco diferente, me respondia de qualquer jeito, sem ao menos me olhar e parecia fugir de mim. Fui para a fazenda para fugir dela e no entanto, estava tendo um segunda chance de concertar as coisas entre eu e ela.

- Você não vai entrar, Johnson? - Khalil gritou se banhando na cachoeira, que por sinal era linda.

Uma vista maravilhosa!

- Esta congelada. - ela disse sentada em uma pedra.

- Que besteira, vem logo. - Jazzy berrou.

Dei um salto, virando um mortal no ar, caindo naquela piscina congelante que a água corrente da cachoeira formava, nadei até a superfície tendo a visão de Khalil, ele logo se jogou, seguido de Ryan, Za e Jazzy já tinham pulado. 
Ficamos nadando e pulando das pedras, direto na aguá, me cansei um pouco e sai. Caminhei até as minhas coisas, pegando uma toalha, olhei pra 'Seu nome' que estava sentada, observando os moleques com um sorriso nos lábios. Na verdade ela estava me ignorando, coloquei a toalha em volta dos ombros e me sentei ao seu lado.

- Olha, eu sei que vacilei... - comecei.

- Justin, não precisa se explicar. - ela me olhou. - O que esta feito, esta feito.

- Eu menti pra você, mas nada muda o que eu sinto, queria que me entendesse.

- E eu entendi... Você mentiu, eu já entendi. - ela falou.

- Quero me explicar, cacete. - reclamei e ela riu fraco. - Quero ficar com você, dá pra entender isso?

- E como vai explicar pro teu filho, isso tudo?

- Deixa ele fora disso, ele não tem nada haver com os meus relacionamentos. - disse firme.

- Mas Cheyenne tem. - bufei.

- O que você tem com Derek? - perguntei ignorando o que ela disse.

Estava me controlando, mas o ciumes falou mais alto.

- Porque quer saber?

- Ué, porque quero saber, caralho. - disse estressado.

- Mas tem que ter um motivo. - ela me olhou.

- Responde logo. - disse frio.

- Estamos namorando. - ela falou rapidamente.

Fechei meus olhos com força, eu não estava ouvindo aquilo.

_____________

Continua?



Olá baby's... 
Como estão?
Queria dizer que fiquei muito feliz com todos os comentários, sério, amei... 
De verdade! Vocês são demais.

Me digam, gostaram do capitulo? Demorei? Quase nada né? Rsrs'
Então...Continuo com comentários, comentem, please?

Amo todas e fiquem com Deus...


#Fê

5 comentários:

  1. Myyyy Goshhhh como assim, produção??? Sério isso?? Ai meu pâncreas!!! Eu quero ver eles juntos de novo, scrr!! -td bem q o Jus com ciúme é fofo- kkkk muuuuie, continue logo, por favor!! Não demore a postar, essa ib é perfeita, amo demais! Continua! <3
    Xoxo: Sta. Lerman

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  2. Aí meu Deus! Continua, por mais que o justin seja um idiota vacilão eu quero ver ele juntos!

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  3. Aaai mds!! Obrigado por continuar sério! ❤ amo justin com ciúmes, quero ver eles juntos denovo logo ❤

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  4. Justin sempre arrogante, mas não perde a oportunidade de dar em cima e chamar para dormir junto hahah

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